Retiro a seguinte mensagem de Afonso Lopes Vieira ao amigo, datada de 10 de Junho de 1911: "Recebida e estimada a sua epístola. Temos passado dias deliciosos, fazendo um mundozinho na solidão, e nem o tempo (q. já mudou) conseguiu prender-nos ou aborrecer-nos. Escrevo-lhe ao serão, depois d'um dia de larga excursão em carro de bois. O R. L. tem gostado imenso, assim como a Senhora, q. é uma excursionista admirável, andando léguas sem cansaço. E prontos para esta vida de Pinhal e de Varanda, com a melhor disposição. São encantadores. Vamos no dia 14 pª as Cortes e no dia 18 devemos estar em Lisboa, indo nós talvez pª Sintra, se a Câmara me deixar".
A casa de Afonso Lopes Vieira é, hoje, um pequeno museu, onde se pode apreciar o seu escritório e a varanda, conservada como o poeta a deixou. Logo a seguir, à casa, na praça com o seu nome, observa-se um busto dele. Para mais informações, ler no sítio Rota dos Escritores. Nascido em Leiria (1878), morreu em Lisboa (1946). Após conclusão do Curso de Direito, em Coimbra (1894-1900), passou a viver em Lisboa como redactor da Câmara dos Deputados (1900-1916). Depois, dedicou-se exclusivamente à actividade literária. Repartiu o seu tempo entre Lisboa e S. Pedro de Muel, onde recebia os amigos, nomeadamente escritores. A casa-museu em S. Pedro de Muel abriu a 8 de Julho deste ano.
2 comentários:
Caro Rogério,
A Cristina Nobre publicou também, em 2005, a sua tese de doutoramento sobre AL Vieira, vida e obra. NA INCMoeda.
Abraço,
Eduardo CT
Obrigado, caro amigo Cintra Torres.
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