domingo, 6 de novembro de 2005

AS MINHAS NOTAS DO II SIMPÓSIO O LIBRO E A LECTURA (SANTIAGO DE COMPOSTELA, 3 E 4 DE NOVEMBRO)

Realizou-se, nas passadas quinta e sexta-feira, o simpósio organizado pela Asociación Galega de Editores sob o tema O libro e a lectura, no Consello da Cultura Galega, em Santiago de Compostela (edifício abaixo fotografado). O simpósio contou com a presença de quase cem participantes, entre editores, profissionais como bibliotecários e documentalistas, jornalistas e professores e estudantes de filologia galega, vindos de Santiago de Compostela, Ourense, Vigo e Corunha, mas também de cidades como Madrid, Barcelona e Bilbau.

simposio3.JPG

Por razões de ordem profissional, só participei no segundo dia de trabalhos [reproduzo, de seguida, a cópia do texto publicado no El Correio Galego no dia 4, dia inicial do simpósio (os dois outros recortes sairam ontem, respectivamente no El Correio Galego e em La Voz de Galicia)].

simposio6.jpg
simposio5.jpg
simposio4.jpg

Sobre a minha comunicação

Copio o que Manuel Bragado, do blogue Brétemas [a quem profundamente agradeço o convite para participar], escreveu sobre a minha comunicação:

"O futuro das Industrias Culturais

"O profesor Rogerio Santos ofreceu unha documentadísima conferencia, no inicio da segunda xornada do Simposio, sobre o impacto das Novas Tecnoloxías sobre as Industrias Culturais. Foi moi de agradecer que Rogerio analizase o concepto de Industria Cultural, a partir do concepto acuñado por Adorno ("a mercantilización da cultura, a través do desenvolvemento tecnolóxico") e os seguidores da Escola de Frankfurt, establecendo unha distinción moi oportuna entre os conceptos de "mercadoría cultural" e "cultura de fluxo", tamén acuñados por Zallo, como "edición discontinua" e "difusión continua". Na miña opinión, tamén, foron relevantes as súas análises sobre os diferentes modelos empresarias das industrias culturais (e o impacto das fusións sobre o emprego), os conceptos de "cadea de valor" e de "Industrias Creativas" e a súa contribución ao PIB (4% en España, 10% no Reino Unido), ou da diferenza entre orixinal e copia.

"Rogerio propuxo as seguintes conclusións:
1. As Industrias Culturais mudan o coñecemento que temos do mundo, pola información que nos achegan.
2. Por mor da dixitalización produciuse unha rápida transformación da estrutura dos negocios das diversas Industrias Culturais.
3. As Industrias Culturais son hoxe actividades económicas fundamentais para a a vida produtiva dos países.
4. Hoxe existe unha mestura entre os conceptos de "orixinal" e "copia". Non existen diferenzas entre eles, o que require a construción dun novo edificio legal para abordar a cuestión dos dereitos de autor.
5. Algunhas Industrias Culturais pretenden combinar nos seus catálogos produtos máis rendibles con outros de menor audiencia para manter a súa lexitimidade.
6. Nas Industrias Culturais é imprescindible a asociación de innovación e risco.
7. Internet configúrase hoxe como un espazo de resistencia".

Os blogues, a literatura e a sua importância na língua galega

Numa das mesas redondas a que assisti (última imagem) - intitulada Os blos e a creación cultural -, foi-me dado conhecer a importância dos blogues na cultura e na língua galegas. Um dos intervenientes, Xabier Cid (jornalista), olha os blogues [blo na linda e simples adaptação da palavra à língua galega] como um subsistema literário. Na mesa, chegou-se mesmo a recomendar que os mais importantes blogues ficassem incluídos no anuário literário galego deste ano.

simposio1.JPG
simposio2.JPG

A Galiza, com cerca de 2,5 milhões de habitantes (e um milhão na diáspora, nomeadamente na Argentina), edita perto de 1500 livros por ano na sua língua, sendo que 1200 são da iniciativa de editoras privadas [por comparação, a Catalunha edita anualmente sete mil e Portugal menos de cinco mil livros]. A maior incidência dos livros ocorre nas áreas infanto-juvenil e na literatura, e menos nas ciências sociais. Há um total de 34 editoras, diferentes em tamanho e impacto em objectivos e vendas. Em termos de outras indústrias culturais, a Galiza tem rádio e televisão públicas e produz três a quatro longas-metragens por ano.

Observação: o blogue Brétemas contém uma informação muito completa de todo o simpósio. Do que ouvi e me pareceu importante, destaco a comunicação de Leovigildo García Bobadilla sobre os direitos de autor e as novas tecnologias, tema fundamental nos nossos dias, pois já vivemos na cultura digital.

1 comentário:

Anónimo disse...

Como faz RS, é fundamental 'entrar' pela Galiza fora, mais ainda do que deixá-la entrar (porque ela já cá está...)
MJE