INDÚSTRIAS CULTURAIS.

FRUTOS DOCES

Manuel Bragado, do blogue galego Brétemas, está a fazer uma campanha própria. Escreve ele: "Lean libros e revistas en galego. Escoiten música galega en cedé. Asistan as representacións do teatro galego. Apoien os produtos da industria cultural galega". É agradável ver as boas ideias serem replicadas.

Curiosamente, o Expresso de hoje (caderno "Actual") traz um texto, assinado por L. M. Faria, sobre produtores de conteúdos (música, livros, DVDs, software). Nele, o autor referencia o actual movimento da Europa acerca do problema da pirataria ou usos não autorizados de material com direitos de autor. Ele começa o texto anotando que, recentemente, a BBC disponibilizou on-line e num período curto, as sinfonias de Beethoven tocadas pela sua própria orquestra. Fizeram-se 600 mil downloads!

Creio ser ainda cedo para vermos os resultados desta "abertura". Mas tal anuncia que indústria, autores, distribuidores e comerciantes (toda a cadeia de valor) começam a compreender e a aceitar que o negócio da música (e de todas as indústrias culturais e criativas) se alterou e há que preparar caminhos inventivos. A produção de um autor ou de um colectivo não podem continuar reféns de cópias ilegais, recorrendo apenas aos tribunais. Além destes, a Europa tem de dar espaços à imaginação e à criatividade.