As férias estão a chegar. O blogueiro regressa em Setembro. Continuem a preferir e visitar o Indústrias.
 
 
Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.



 Ele dá ênfase a um dos tipos de accountability, a social (elenca mais duas, horizontal e vertical), concepção baseada numa matriz teórica que partilha da ideia de que o controlo da acção governamental pela sociedade constitui uma especificidade (Paulino, 2008: 94), mecanismo de controlo não eleitoral, envolvendo elementos institucionais e não institucionais assentes na acção de múltiplas associações de cidadãos, movimentos sociais ou media, com o objectivo de dar visibilidade a erros e falhas do Estado, trazer novos pontos à agenda pública ou influenciar decisões políticas.
Ele dá ênfase a um dos tipos de accountability, a social (elenca mais duas, horizontal e vertical), concepção baseada numa matriz teórica que partilha da ideia de que o controlo da acção governamental pela sociedade constitui uma especificidade (Paulino, 2008: 94), mecanismo de controlo não eleitoral, envolvendo elementos institucionais e não institucionais assentes na acção de múltiplas associações de cidadãos, movimentos sociais ou media, com o objectivo de dar visibilidade a erros e falhas do Estado, trazer novos pontos à agenda pública ou influenciar decisões políticas. Não creio que exista outra cidade no mundo com ruas de nomes mais engraçados do que as de Lisboa. Parece que os portugueses que viveram mais perto de El-rei tinham mais aguçada a imaginação, eram mais românticos ou, então, queriam uma notoriedade pelo lado alegre da vida. Os lisboetas, lisbonenses ou ulissiponenses, conforme o grau de erudição, ou simplesmente alfacinhas, conforme o grau de intimidade, foram sempre uma gente bem disposta, cheia de vida, vaidosa por sua cidade. Chamam Roma de cidade eterna, mas eu acho que Lisboa é que é cidade de nunca se esquecer. Ninguém passa pela capital portuguesa como um simples passageiro.
Não creio que exista outra cidade no mundo com ruas de nomes mais engraçados do que as de Lisboa. Parece que os portugueses que viveram mais perto de El-rei tinham mais aguçada a imaginação, eram mais românticos ou, então, queriam uma notoriedade pelo lado alegre da vida. Os lisboetas, lisbonenses ou ulissiponenses, conforme o grau de erudição, ou simplesmente alfacinhas, conforme o grau de intimidade, foram sempre uma gente bem disposta, cheia de vida, vaidosa por sua cidade. Chamam Roma de cidade eterna, mas eu acho que Lisboa é que é cidade de nunca se esquecer. Ninguém passa pela capital portuguesa como um simples passageiro. O gostoso é que Lisboa nunca perde seu encanto, com velhos elevadores, velhas igrejas, o casario de telhados vermelhos em Alfama, a beira do Tejo, rio mar com brancas gaivotas, a historia viva nas paredes de pedras do romano castelo de São João, o Rossio, o Chiado, o bondinho valente da Graça, as cegonhas do Sete Rios, os vendedores de rua, as raparigas de chales negros, as feireiras de salto alto e vistosos brincos de ouro, o Bairro Alto, o som do fado! Encanto em todos os cantos!
O gostoso é que Lisboa nunca perde seu encanto, com velhos elevadores, velhas igrejas, o casario de telhados vermelhos em Alfama, a beira do Tejo, rio mar com brancas gaivotas, a historia viva nas paredes de pedras do romano castelo de São João, o Rossio, o Chiado, o bondinho valente da Graça, as cegonhas do Sete Rios, os vendedores de rua, as raparigas de chales negros, as feireiras de salto alto e vistosos brincos de ouro, o Bairro Alto, o som do fado! Encanto em todos os cantos! Tem mais, tem muito mais: Pátio da Fartura, Rua da Cozinha Económica, Rua da Horta das Tripas, Rua Joaquim Leiteiro, Bairro das Galinheiras, Beco da Bicha, Largo do Chafariz de Dentro, Beco do Pocinho, Rua do Benformoso, Vila do Penteado, Rua do Alfredo Pimenta, Largo da Bomba, Beco dos Surradores, Travessia da Zebra, Vila do Cabaço, Rua do Saco, Travessa da Rabicha, Rua da Buraca, Rua dos Bons Dias, Pátio da Mariana Vapor. Cinco são as ruas chamadas Direita, uma rua chamada Esquerda, Rua da Pátria, Rua do Ouro, Terreiro do Paço Quanta fartura de ruas com nomes de santos, só de Santo Antônio, quase cinquenta!
Tem mais, tem muito mais: Pátio da Fartura, Rua da Cozinha Económica, Rua da Horta das Tripas, Rua Joaquim Leiteiro, Bairro das Galinheiras, Beco da Bicha, Largo do Chafariz de Dentro, Beco do Pocinho, Rua do Benformoso, Vila do Penteado, Rua do Alfredo Pimenta, Largo da Bomba, Beco dos Surradores, Travessia da Zebra, Vila do Cabaço, Rua do Saco, Travessa da Rabicha, Rua da Buraca, Rua dos Bons Dias, Pátio da Mariana Vapor. Cinco são as ruas chamadas Direita, uma rua chamada Esquerda, Rua da Pátria, Rua do Ouro, Terreiro do Paço Quanta fartura de ruas com nomes de santos, só de Santo Antônio, quase cinquenta!




 




Após os violentos desacatos das últimas semanas, que opuseram duas comunidades diferentes nos arredores de Lisboa, com forte exposição mediática, este caso chama de novo a atenção da televisão (e do vídeo de um jornal). As imagens agora mostradas são expressivas - no vídeo colocado no sítio do jornal Público, as vozes off dão conta do impacto do que ia acontecendo. Uma das vozes regozija-se quando o tiro da polícia atinge um dos assaltantes, pormenor não reproduzido quando o vídeo passa na SIC. No sítio do jornal, os comentários à notícia por leitores colocam a questão da origem geográfica dos assaltantes.
Na azáfama de relatar tudo, a televisão e o jornal Público situam o país na pós-modernidade. Temos polícias eficazes e televisões a filmarem em directo a morte dos bandidos. Um dos pormenores que mais me impressionou no relato do episódio do assalto foi saber a principal preocupação da gerente do banco: ela não queria que os seus filhos estivessem a ver televisão. Sobre o assunto, já escrevera Eduardo Cintra Torres no Público online (às 16:58): "Quanto ao directo televisivo, é mesmo assim: o poder enorme do directo é romper com as convenções de toda a gente e de não estar sujeito a censuras, autocensuras, convenções e tabus. A realidade em bruto. Por vezes é brutal. A liberdade também".
Ou, nas minhas palavras: a morte deve estar presente, mesmo a mais violenta, do mesmo modo que a vida. A televisão - e também a internet - é o meio mais propício para nos dar esses momentos em directo da vida e da morte, fluxo de acontecimentos de ruptura (as breaking news dos americanos), não programados (mas também programados, como nos disseram Daniel Dayan e Elihu Katz em A História em Directo). Isso obriga-nos a estar sempre conectado à televisão e esperar o imprevisto, ou inédito, ou espectacular, ou dramático, o que tem valor-notícia, como falam os sociólogos dos media.
 No chão do Estádio Nacional "Ninho de Pássaro", qual palimpsesto audiovisual e adaptável em dimensão e formato, passaram figuras históricas, heróis, trajes regionais, artes marciais, ópera chinesa, cantores e músicos, a navegação que levou os chineses antigos a espalhar a sua cultura e a estabelecer relações comerciais por todo o lado. A tradição não foi esquecida, a que não faltaram as artes antigas, o fogo de artifício e a caligrafia nesse pergaminho moderno.
No chão do Estádio Nacional "Ninho de Pássaro", qual palimpsesto audiovisual e adaptável em dimensão e formato, passaram figuras históricas, heróis, trajes regionais, artes marciais, ópera chinesa, cantores e músicos, a navegação que levou os chineses antigos a espalhar a sua cultura e a estabelecer relações comerciais por todo o lado. A tradição não foi esquecida, a que não faltaram as artes antigas, o fogo de artifício e a caligrafia nesse pergaminho moderno. O "Ninho de Pássaro" funcionou de acordo com essa analogia: uma recolha de imagens, culturas, cores e formas, uma universalidade que é a cultura chinesa. Fiquei impressionado.
O "Ninho de Pássaro" funcionou de acordo com essa analogia: uma recolha de imagens, culturas, cores e formas, uma universalidade que é a cultura chinesa. Fiquei impressionado.




 O Camino del Águila é o blogue da família Zuasti-Toajas (Zuasti da parte do pai e Zuasti-Toajas da parte da mãe). A casa de cima é uma imagem publicada em 28 de Janeiro de 2008, quadro pintado por um tio da blogueira. A do lado, publicada em 10 de Maio de 2008, mostra a nova casa de um irmão da blogueira.
O Camino del Águila é o blogue da família Zuasti-Toajas (Zuasti da parte do pai e Zuasti-Toajas da parte da mãe). A casa de cima é uma imagem publicada em 28 de Janeiro de 2008, quadro pintado por um tio da blogueira. A do lado, publicada em 10 de Maio de 2008, mostra a nova casa de um irmão da blogueira. Zilda Cardoso, que já aqui comentei um livro - mas ainda não o fiz relativamente a Cerejas de Celulóide -, começou a sua aventura na blogosfera no passado dia 21. Mas já denota o lado pessoal, com colocação de fotografias suas, da escrita na primeira pessoa do singular, da apresentação com fotografia do seu neto mais novo, nascido por ocasião do surgimento do blogue, das suas preferência musicais.
Zilda Cardoso, que já aqui comentei um livro - mas ainda não o fiz relativamente a Cerejas de Celulóide -, começou a sua aventura na blogosfera no passado dia 21. Mas já denota o lado pessoal, com colocação de fotografias suas, da escrita na primeira pessoa do singular, da apresentação com fotografia do seu neto mais novo, nascido por ocasião do surgimento do blogue, das suas preferência musicais.
 O vibrato - que, durante o século XX, foi empregue na execução de música barroca e de outros movimentos, embora haja quem acuse, como o próprio Norrington, de ser um modernismo que não existia na época da criação dessas músicas - vai estar igualmente ausente quando, no final dos concertos Proms deste ano, for tocada a peça de Elgar Terra da Esperança e da Glória, mais conhecida por Marcha da Pompa e da Circunstância nº 1.
O vibrato - que, durante o século XX, foi empregue na execução de música barroca e de outros movimentos, embora haja quem acuse, como o próprio Norrington, de ser um modernismo que não existia na época da criação dessas músicas - vai estar igualmente ausente quando, no final dos concertos Proms deste ano, for tocada a peça de Elgar Terra da Esperança e da Glória, mais conhecida por Marcha da Pompa e da Circunstância nº 1.

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 [obrigado a Eduardo Cintra Torres, que me forneceu os recortes e o texto; para visualizar adequadamente os recortes, clicar em cima das imagens]