domingo, 2 de janeiro de 2005

LEITURAS DE HOJE

1) El Pais, caderno de Negócios, p. 3 - sobre centros comerciais, em entrevista a Víctor Manuel Gómez Izquierdo, responsável pela "promoção de novos centros de ócio e comércio - junto com a modernização dos centros comerciais mais antigos, já obsoletos na sua concepção -; e na recuperação de zonas urbanas deterioradas, como os antigos armazéns do Chiado em Lisboa, após o incêndio de 1988".

Para Víctor Gómez, "o perfil do consumidor evoluiu nos últimos anos e hoje procura centros integrados de ócio e comércio, em detrimento das fórmulas tradicionais de centros comerciais. O salto qualitativo foi importante; passamos de uma grande superfície com hipermercado e lojas de apoio a centros que integram lazer e comércio, em que coexistem vários motores; supermercado, cinemas, restaurantes... Estes centros converteram-se em espaços de vida às pessoas que a ele chegam quer para comprar quer para se divertir ou passear".

2) Sunday Times, caderno News Review, p. 10 - sobre blogues, em artigo assinado por Robbie Hudson.
sundaytimes112005.JPGPara o jornalista do Sunday Times, os blogues deixaram de ser uma simples curiosidade da internet e tornaram-se um dos principais media. No Verão passado, a revista do Times imortalizou o moderno herói como o Joe Blog (para nós seria o Zé blogueiro).

Os blogues constituiram, sem dúvida, o fenómeno da internet no ano agora findo. E as estatísticas estão aí para o confirmar. Segundo o pesquisador de blogues Technoratti, havia 2 milhões de blogues em Março passado; hoje já ultrapassa os 5 milhões.

Um grande número de blogues - 4 em 5 sugere uma dissertação de Fernanda Viegas, do Massachusetts Institute of Tecnhology [a que eu já fiz aqui referência] - dedica-se a "satisfação pessoal", com tudo o que isso implica em termos de olhar para o umbigo. Alguns distraem, outros educam, outros informam. Alguns blogues tem um grande sucesso e tornam-se objecto de culto, como os de Salam Pax, que arriscou a sua vida ao escrever em Bagdad durante a guerra do Iraque, e da infame rapariga de Londres conhecida apenas por Belle de jour. Também os blogues políticos adquiriram peso, tornando-se, a par da televisão por cabo, os novos agentes do poder na política americana.

Observação: o texto de Hudson tem mais informação importante, mas o post fica por aqui.

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