Vertigens 2.9, texto de Sergi Belbel, é a peça em apresentação no Palco Oriental e "promove um jogo duplo, onde os personagens procuram manipular uns aos outros, ao mesmo tempo que deixam cair a máscara social, revelando vertiginosamente aquilo que são".Sergi Belbel é um dos mais conceituados autores do teatro espanhol contemporâneo, nascido em 1963. A peça Vertigens (Depois da Chuva no original) retrata paixões, desencontros, tristezas e alegrias. Estas expressam-se num espaço próprio, o terraço de um edifício de quase cinquenta andares, local para fumar um cigarro proibido e em que as oito personagens podem sentir vertigens olhando para a rua: o chefe em processo de divórcio, a sua secretária loira e burra, o informático que perde a mulher mas ganha a atenção das suas colegas, a chefe implacável, a secretária lunática, o expedidor apaixonado pela secretária que tem teorias para explicar todos os acontecimentos do mundo.
O conjunto de três actores e cinco actrizes (Ana Domingos, Daniela Oliveira, Madalena Vaz Pinto, Marta Amado, Pedro Caseiro, Ricardo Sá e Rui Dionísio) envolve-se com muito empenho e emoção ao longo da peça, com dramaturgia e encenação de Pedro Barão, numa sala com algum desconforto a nível das cadeiras. Criação de In Impetus, "instituição que tem como objectivo intervir culturalmente no espaço urbano, de forma a criar novos públicos para o teatro, tanto ao nível dos espectadores como dos próprios intervenientes na criação de espectáculos".O Palco Oriental funciona há cerca de trinta anos na antiga fábrica de velas do Beato. Pode perder em breve a sua função actual ao regressar à Igreja Católica, proprietária do edifício.


Ver uma interpretação da peça pela Compagnie du Jour, encenada por Henri Thomas, aqui.
1 comentário:
Bom dia Professor Rogério Santos, agradecemos o artigo que publicou aqui sobre a nossa peça.
O teatro é uma paixão para todos nós, à qual nos dedicamos com garra e sempre na esperança de podermos contagiar com esta alegria e vivacidade o maior número de pessoas.
O processo de criação desta peça significa, por um lado, vários meses de trabalho, e por outro o renascer da Companhia de Teatro da In Impetus.
Ficamos muito contentes por ter ido ver a peça.
Um grande beijinho,
Marta Amado.
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