MORANGOS, POR UMA VEZ MAIS
Se a directora de actores de Morangos com açúcar, Maria Henrique, diz haver várias equipas, da produção à escrita, a trabalhar numa solução após a morte de Francisco Adam, que desempenhava o papel de Bernardino Esteves (Dino) (Diário de Notícias de hoje), o aproveitamento da TVI, ao fazer directos sobre a tragédia, levou à conquista do primeiro lugar na tabela das audiências (Público de hoje).
Este blogue, como eu destaquei de manhã, teve, ontem e hoje, um pico de visitantes - devido a uma mensagem que coloquei anteontem sobre o desaparecimento de Francisco Adam. Embora por vezes o número diário de visitantes "mordesse" o milhar, hoje esse número foi atingido pouco depois das 19:00, com 90 visitas por hora. E, como indiquei de manhã, a procura fez-se pelo Google através da ideia-chave "Francisco Adam" e "namorada de Francisco Adam" (Adam seria o namoradinho de Portugal).
Tal leva-me a olhar o fenómeno juvenil conhecido por morangomania de um modo mais distinto do que pensara até agora. Se as audiências da TVI reflectem a simpatia dos telespectadores, estes são também alimentados pelas revistas sociais e de televisão, que colocam na capa o actor e a família enlutada, como uma publicação já ilustrou esta semana. E, para além das revistas de televisão, a internet é um outro meio de procura de informação. Sem ter meios de caracterização da situação actual, não andarei longe da verdade se disser que os que procuram na internet são jovens consumidores da série.
Já li mais de uma vez nos jornais destes dias que Francisco Adam se transformou no nosso James Dean (Dino). Como apontou muito sinteticamente Eduardo Cintra Torres no Público de hoje, temos, à nossa escala mediática, um jovem que subiu depressa no estrelato e que morreu depressa na estrada.
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