quarta-feira, 31 de outubro de 2007

O BLOGUE


VOLTA PARA A SEMANA. BOM DESCANSO!

CIDADE SURPREENDENTE


Carlos Romão, do blogue Cidade Surpreendente, tem um apurado sentido estético como já aqui escrevi.

Um postal seu, de 6 de Outubro, tinha o título Se esta rua fosse minha (
publicado no Indústrias, no dia 19), onde mostra "Quatro instantâneos de 5 de Outubro, o dia em que o Plano B transformou a Rua de Cândido dos Reis num espaço aberto a sucessivos eventos culturais. A performance Spirits - onde espíritos do passado, unidos pelo destino, invadem as ruas entrando num mundo que já não é seu - interpretada por Helena Oliveira e João Saraiva. Uma produção da PIA, Projectos de Intervenção Artística e Cultural. Silêncios, a pintura monocromática de Nuno Cabral exposta no Plano B. E nova performance, Maria Braun in Love, inspirada em três histórias de amor do cinema e da literatura, com a direcção artística de Dörte Lange" (obrigado, de novo, pela autorização de reprodução).


AINDA A HOMENAGEM A JOSÉ MATOS MAIA


Postal dedicado a todos os que gostam de rádio, aqui com excertos dos depoimentos de José Nuno Martins, José David Nunes e Luís Filipe Costa (fazer um duplo clique por cima da imagem).



Para a Inês Forjaz (da rádio pública, e em resposta a comentário que colocou numa minha mensagem de sábado passado):

O cidadão, e mais ainda o investigador, gostaria de ouvir sons do Arquivo Criativo respeitantes a noticiários e palestras de propaganda do começo da Emissora Nacional - para percepcionar melhor a ideologia do Estado Novo - e festivais ou concursos de música urbana e popular - para compreender melhor a estética do mesmo regime.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

HOMENAGEM A MATOS MAIA

A Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) homenageou, ao final da tarde, José Matos Maia, homem da rádio e autor, nomeadamente uma história da rádio, Telefonia. Na mesa, da esquerda para a direita, Alice Matos Maia, a sua viúva, José Jorge Letria, dirigente da SPA e que fala no vídeo a seguir, e Paulo Sérgio, realizador da rádio.



No prefácio de João David Nunes à obra de Matos Maia A invasão dos marcianos - peça emitida pela Rádio Renascença a 25 de Junho de 1958, pelas 20:05, onde se relatava uma possível presença de marcianos na Terra, para os lados de Carcavelos -, ele recorda o radialista do programa Quando o telefone toca, na Renascença como no Rádio Clube Português, e a realização, interpretação, direcção e montagem dessa peça que provocou medo e alarido, quando não passava de uma invenção na linha da de Orson Welles que, há 69 anos, fazia emitir a sua Guerra dos mundos.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

CIDADANIA E NOVAS LITERACIAS NA ERA DO DIGITAL


Encontra-se aberto, até 31 de Dezembro próximo, o call for papers para um dos próximos números da revista Comunicação e Sociedade, do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho. O tema é: Cidadania e Novas Literacias na Era do Digital.

Os requisitos a que devem obedecer os textos bem como os prazos previstos podem ser consultados no endereço
http://www.cecs.uminho.pt/.

LIVRO DE JORGE SILVA MELO


De Jorge Silva Melo, os Livros Cotovia publicam Fala da criada dos Noailles que no fim de contas vamos descobrir chamar-se também Séverine numa noite do Inverno de 1975, em Hyères.

Da promoção da editora, lê-se: "Uma eterna criada evoca as ricas horas dos mecenas, os bailes loucos, a arte livre, o amor livre, o financiamento de L`Age D´Or de Luis Buñuel, tudo na altura em que se anuncia a vinda do realizador espanhol ao palacete de Hyères onde ainda vive o Conde de Noailles, mecenas que foi dos surrealistas: estamos a meio dos anos 70 e os anos loucos já se foram, com as jóias da família. Muito livremente inspirado em O Meu Último Suspiro de Buñuel – e nas botinas de Diário de Uma Criada de Quarto de Buñuel, é claro.... [mais]".

EXPOSIÇÃO FOTO COLECTANIA (BARCELONA): LAS PARTES Y EL TODO. COLECCIÓN H+F


A Fundação Foto Colectania apresenta um conjunto de 60 fotografias da colecção privada do holandês Han Nefkens, a Colecção H+F, vista através do olhar de Ignasi Aballí que a comissaria.


Entre as peças que Ignasi Aballí seleccionou, destacam-se aquelas que melhor reflectem os objectivos de Han Nefkens: obras que nos estimulam a pensar e a renovar o olhar. São imagens que demonstram a sua proximidade com a pintura, como as obras de Jörg Sasse e Stephen Shore, outras em que os limites entre realidade e abstracção se dissolvem, como nas fotografias de Roni Horn, Annika von Hausswolff, Thomas Ruff, Rinko Kawauchi e Naoya Hatakeyama, ou por último obras com conotações sociais e políticas, como as de Gerald Van Der Kaap, Martine Stig, Rirkrit Tiravanija ou Shirin Neshat (comunicado da organização).

A Fundació Foto Colectania fica na avenida Julián Romea, 6 D2, em Barcelona. Para mais pormenores, ver em http://www.colectania.es/. Representante em Portugal: Filipa Valladares (colectania@sapo.pt).

Agradecimentos a Carlos Filipe Maia pela informação.

COMUNIDADE DE LEITORES NA BIBLIOTECA MUNICIPAL DE ESPINHO


De 15 em 15 dias, os leitores da Biblioteca Municipal de Espinho reunir-se-ão à volta de um livro, com início em 2 de Novembro, pelas 22:00. Consideram os organizadores: "Ele, o livro, será um pretexto para, falando dele, falarmos provavelmente de tudo, de nós mesmos, do Mundo, da relação de cada um consigo e com o Mundo. Para isso servem também os livros: para nos ouvirmos neles".


De um texto de Manuel António Pina (escritor e jornalista), transcrevo o seu começo:

  • Acho que é Borges quem escreve que toda a literatura (e toda a arte) se reduz, de um modo ou de outro, a três assuntos elementares: o amor, a morte e, entre ambos, o tempo. E Barthes, salvo erro em "Madame Edwarda" (ou é em "Le petit"?) fala do amor e da morte como assuntos centrais do riso ("ris-te porque tens medo"): o amor e a morte, o primeiro ligado ao aparecimento e o segundo ao desaparecimento do ser, isto é, aos dois precipícios-limite da existência, o antes e o depois do ser.
Ver em Biblioteca Municipal de Espinho e, mais especificamente, no blogue Ler em Espinho.

domingo, 28 de outubro de 2007

MÚSICAS DO MUNDO EM SINES


Do FMM Blog, blogue oficial do Festival Músicas do Mundo, realizado em Sines em Agosto último, retiro dois excertos musicais (obrigado a Mário Pires, pela permissão). Os músicos são, por esta ordem, Erika Stucky (publicado em 29 de Agosto) e Bellowhead (publicado em 22 de Agosto).

MUSEU DO PÃO


No Museu do Pão, em Seia, expõem-se mais de 120 postais com publicidade a produtos ou estabelecimentos alimentares. Para ver melhor as imagens, fazer duplo clique sobre as mesmas.


Para saber mais, procurar em
Museu do Pão.

AINDA O LANÇAMENTO DO MEU LIVRO


No vídeo, está uma parte substancial da apresentação do livro Indústrias culturais. Imagens, valores e consumos, feita por António Pinto Ribeiro, em 25 deste mês, na livraria Almedina (Lisboa). A quem agradeço do fundo do coração.

sábado, 27 de outubro de 2007

SONS DA RÁDIO


Retiro do Público - Última Hora, a notícia do arquivo criativo com sons históricos da rádio, a lançar pela RTP (notícia assinada por Ana Machado).

O projecto, inspirado na BBC ou na Rádio Pública Nacional norte-americana, visa colocar on-line e de forma gratuita, "sons hoje inacessíveis aos cidadãos e que representam momentos únicos da história portuguesa desde os anos 1930".

Continua a peça: "Inês Forjaz, jornalista da RDP, uma das responsáveis pelo projecto do arquivo criativo, revela que são fragmentos de história como este que o arquivo da rádio guarda e que deviam ser acessíveis ao público em geral, lembrando que, hoje, a UNESCO celebra o Dia Mundial do Património Audiovisual, que é preciso preservar".

PLATAFORMA VISUAL e-vai


O e-vai é uma plataforma virtual para a comunidade das artes plásticas e visuais.


Classificando-se como não sendo um órgão de comunicação social, o
e-vai apresenta-se como "um canal de diálogo para troca de informações, experiências, opiniões e ideias de forma totalmente livre, sem sujeição a qualquer poder, nem dependência de ordem ideológica, política ou económica", que "privilegia o debate entre membros, mas não aceita o uso do insulto pessoal, do recurso a vocabulário impróprio, da mentira e da violação da privacidade". O e-vai considera membros da "comunidade todos quantos se encontram registados, por sua iniciativa ou por proposta de qualquer um dos membros".

QUANTO CUSTA A CULTURA?


Ciclo de conferências sobre cultura e economia no auditório da Reitoria da Universidade do Porto, que se prolonga até 4 de Dezembro (fazer duplo clique para ler a imagem e o programa).


A pergunta essencial é: "Pode definir-se o lugar da cultura, entre o objecto de troca e entidade autónoma, dotada de irredutível individualidade"?

EXPOSIÇÃO


Exposição Madeira é Letra, por Yili Rojas, em São Paulo (Brasil).

Para saber mais, procurar em http://www.pensarte.org.br/.

INDIELISBOA 2008


O IndieLisboa 2008 (5º Festival Internacional de Cinema Independente) decorre entre 24 de Abril e 4 de Maio 2008). Segundo a organização, o

  • festival pretende contribuir para a descoberta de novos autores e novas tendências do cinema contemporâneo independente. Ao mesmo tempo, trará a Portugal não só um elevado número de realizadores, mas também um conjunto de produtores, programadores de cinema, críticos, distribuidores e sales agents internacionais que aproveitarão para ver uma selecção da mais recente produção nacional. O IndieLisboa continua a dar a mesma importância às curtas e às longas-metragens e mantém a estrutura, com as secções Competição Internacional (para 1º e 2º filmes - curtas e longas metragens), Observatório (curtas e longas metragens de realizadores que tenham mais de dois filmes na sua filmografia), Laboratório (para filmes de carácter mais experimental) e IndieJúnior (competição internacional de filmes infanto-juvenis). Os filmes portugueses escolhidos para a Selecção Oficial (Competição Internacional, Observatório, Laboratório) concorrem aos seguintes prémios: Prémio Tobis para Melhor Longa Metragem Portuguesa (5.000 Euros em serviços de pós-produção e 15% de desconto quando ultrapassado o valor do prémio), Prémio Tobis para Melhor Curta Metragem Portuguesa (2.500 Euros em serviços de pós-produção e 15% de desconto quando ultrapassado o valor do prémio), Prémio de Melhor Realizador Português de Curta Metragem (valor a anunciar posteriormente), Prémio de Melhor Fotografia para Filme Português (1000 euros), Prémio a 2 Onda Curta (aquisição de direitos de televisão), Prémio do Público para Longa e para Curta Metragem (2000 e 1000 euros respectivamente). Cumulativamente, os filmes portugueses presentes na Competição Internacional podem ainda ser premiados com o Grande Prémio de Longa Metragem (15.000 euros) ou Grande Prémio de Curta Metragem (3.000 euros). Os filmes de longa metragem incluídos na selecção oficial concorrerão ainda ao Prémio FIPRESCI e ao Prémio de Distribuição.
O prazo limite para as inscrições de filmes (curtas e longas metragens) é no dia 5 de Fevereiro de 2008. O regulamento pode consultar-se em IndieLisboa e o link para inscrição está aqui. Em havendo algum problema no acesso ao link, estabelecer contacto através dos emails: info@indielisboa.com e program@indielisboa.com.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

LANÇAMENTO DO LIVRO DE ISABEL GIL

Isabel Capeloa Gil, directora da Faculdade de Ciências Humanas da UCP, lançou hoje o seu livro Mitografias. Figurações de Antígona, Cassandra e Medeia no drama da expressão alemã no século XX. Além da autora, estiveram presentes Manuel Braga da Cruz, reitor da UCP, Braz Teixeira (Imprensa Nacional-Casa da Moeda) e António Sousa Ribeiro (Un. de Coimbra e apresentador do livro).


APRESENTAÇÃO DO PROJECTO MEDIADIGIT

Conforme escrevi há dias, foi hoje apresentado o projecto Media DigIT - Digitalização no Sector da Comunicação. Um Desafio Europeu. O projecto teve em conta "os impactos da tecnologia digital na comunicação social, em cinco países europeus, com o objectivo de identificar as carências de formação existentes e de criar instrumentos formativos capazes de suprir esse défice". Assim, em termos de formação, haverá a seguinte: deontologia da prática jornalística digital, legislação dos media e digitalização, escrita e edição avançadas, curso de jornalismo multimedia, áudio digital para jornalistas de rádio, áudio digital para técnicos de rádio, vídeo digital para jornalistas de televisão, e vídeo digital para técnicos de televisão.

Co-financiado pela Comissão Europeia através do Programa Leonardo da Vinci, o projecto teve como parceiros portugueses o CENJOR e o Sindicato dos Jornalistas (nos vídeos, Fernando Cascais e Carlos Correia; a este, peço desculpas de o esconder atrás do computador).

LANÇAMENTO DO MEU LIVRO, ONTEM AO FIM DA TARDE



Além do António Pinto Ribeiro, agradeço as palavras amigas de Carlos Capucho e José Afonso Furtado. Para além de José Carlos Abrantes [imagens de Clara Assunção].

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

AS REFERÊNCIAS MAIS RECENTES AO MEU LIVRO


Obrigado ao Carlos Romão, do Cidade Surpreendente, ao Carlos Araújo Alves, do Ideias Soltas, ao Paulo Querido, do Mas certamente que sim!, pelas citações ao lançamento do meu livro.

PRIMEIRAS IMPRESSÕES DO LANÇAMENTO DO LIVRO "INDÚSTRIAS CULTURAIS"


Com um agradecimento caloroso a todos os que estiveram presentes na livraria Almedina e aos que me enviaram mensagens de parabéns (na terceira imagem, e da esquerda para a direita: Pedro Bernardo, das Edições 70, António Pinto Ribeiro, apresentador do livro, e o autor; falta José Carlos Abrantes, director da colecção, mais à direita, mas visível no vídeo) [imagens de Patrícia Santos].

OUVIR O INDÚSTRIAS CULTURAIS

Com serviço de ReadSpeaker AudioFeed - Podcast of this blog, disponibilizado por Readspeaker, é possível passar a ouvir o Indústrias. Obrigado a José Novais, por o blogue estar na frente tecnológica.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

EDIÇÃO - 2


Claro, além do livro do Justin O'Connor, há outras novidades sobre indústrias culturais.

Assim, tenho o prazer de convidar toda a gente para o lançamento do meu livro Indústrias Culturais. Imagens, Valores e Consumos, uma publicação das Edições 70. Amanhã, dia 25, na livraria Almedina, ao Saldanha (Lisboa), pelas 19:00. É um livro que reflecte os textos que fui escrevendo neste blogue.


O meu muito obrigado a Pedro Bernardo e José Carlos Abrantes, respectivamente director da editora e director da colecção "A Construção do Olhar". Amanhã, seguem-se outros agradecimentos, como a capa de FBA a partir de imagem de Bettmann/Corbis/VMI, e o prefácio escrito por Isabel Capeloa Gil, directora da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa.

EDIÇÃO - 1


The Cultural and Creative Industries: A Review of the Literature. A Report for Creative Partnerships, por Justin O’Connor (School of Performance and Cultural industries, The University of Leeds) é um texto a editar no próximo mês.


Deixo aqui um pequeno excerto:

  • This account takes a sixty year trip from ‘The Culture Industry’, through the ‘cultural industries’, ending at the ‘creative industries’. Its main theme is the tension between culture and economics which lie at the heart of this terminology. This is not simply a question of ‘art’ and ‘the market’; this is part of it, but the market in ‘cultural commodities’ has a long history and ‘artists’ have long been at home with it. In the last century the production of cultural commodities has accelerated with the development of technologies of reproduction – digitalisation following in the treads of Gutenberg; and this production has become increasingly capitalised. Commodity production is not the same as capitalism; the former has an ancient history, the latter began 500 years ago in Europe. Capitalism is animated by the principle of unlimited accumulation at the expense of all other values. ‘Art’ or ‘culture’ has always been one of the limits on, or protests against, this principle. But it did so whilst at the same time being a commodity increasingly subject to the laws of capital. Section one begins with Adorno who thought that these laws of industrial capitalism had finally abolished any kind of critical or authentic culture. In section two we look at those writers in the 1970s who felt that the cultural appeal of cultural commodities was central to their economic success and thus could not be rigidly planned or predicted. People wanted to buy things that genuinely appealed to them. This new attitude to the cultural industries produced a new kind of cultural policy, exemplified by the Greater London Council.
O texto, de 68 páginas, é um excelente trabalho. Vou imprimir e ler atentamente.

Obrigado a Justin O'Connor pela amabilidade no envio do ficheiro.

LIVRO SOBRE POLÍTICAS DA COMUNICAÇÃO LANÇADO EM BRASÍLIA


Hoje, às 19:00, é lançado o livro Políticas da Comunicação: buscas teóricas e práticas, da editora Paulus, em Brasília, capital federal do Brasil (mais especificamente, no restaurante Carpe Diem, SCLS, 104 Sul, Loja 01, Asa Sul, naquela cidade).


Os autores da obra são: Murilo César Ramos, Suzy Santos (orgs); Érico da Silveira; César Ricardo Bolaño; Valério Brittos; Othon Jambeiro; Lara Haje; Regina Luna Santos de Souza; Fernando Oliveira Paulino; Francisco Sierra; Francisco Javier Moreno Gálvez; Geórgia Moraes; Samuel Possebon; Marcus A. Martins; Israel Bayma; André Barbosa Filho; Cosette Castro; Sayonara Leal.

Mais informações sobre o evento: Paulus em Brasília: [acesso no Brasil]: (61) 3225-9847 e
brasilia@paulus.com.br.

NOVO CURSO EM CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO (PORTO)


Sessão de apresentação da licenciatura em Ciências da Comunicação e da Cultura da Universidade Lusófona (Porto), no dia 30 de Outubro, terça-feira, às 18:30, na Capela da Universidade Lusófona do Porto.

À apresentação do curso, por Isabel Babo-Lança, seguir-se-á um Colóquio subordinado ao tema "Espaços de Comunicação", que terá como intervenientes Paulo Cunha e Silva, José Bragança de Miranda e Manuel José Damásio.

SEMINÁRIO INFÂNCIA, CIDADANIA E JORNALISMO

terça-feira, 23 de outubro de 2007

O MOSQUITO E TIOTÓNIO, O SEU CRIADOR

Escreve Carlos Pessoa na edição de hoje do Público sobre o Mosquito (1936-1953) e o seu criador, António Cardoso Lopes, mais conhecido por Tiotónio.


Tiotónio nasceu na Amadora, cidade onde decorre o Festival Internacional de Banda Desenhada (FIBDA) e que o homenageia nesta edição. Ele e Raúl Correia fundariam o Mosquito, publicação que chegou a ter tiragens semanais de 60 mil exemplares (nas imagens acima: página do Público de hoje, meia página do catálogo sobre o Mosquito, produto de exposição realizada em 2006-2007 na Amadora, e capa do livro sobre práticas culturais dos visitantes do 16º Festival Internacional de banda Desenhada da Amadora, publicação a que espero regressar em breve).

Tiotónio nasceu em 12 de Junho de 1907 e foi responsável por figuras como Zé Pacóvio e Grilinho. Director artístico do Mosquito, o autor passara pela revista Tic-Tac (onde conheceria o outro fundador do Mosquito, Raúl Correia), O Bébé e Có-Có-Ró-Có, entre outras publicações. mais tarde, António Cardoso Lopes Júnior partiu para o Brasil, começando uma nova vida familiar e profissional, ligada ainda às actividades gráficas mas nunca conseguindo atingir o brilho que obtivera com as publicações em Lisboa. O autor de O Mosquito faleceria em 1985, no Rio de Janeiro (Brasil), exactamente no mesmo ano em que o seu companheiro Raúl Correia desaparecia igualmente.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

PROJECTO MEDIA DIGIT


Na próxima sexta-feira, dia 26, pelas 11:00, na Casa da Imprensa (Rua da Horta Seca, 20, em Lisboa), vai ser apresentado o projecto Media DigIT - Digitalização no Sector da Comunicação. Um Desafio Europeu.


Segundo os promotores, o projecto "analisou os impactos da tecnologia digital na comunicação social, em cinco países europeus, com o objectivo de identificar as carências de formação existentes e de criar instrumentos formativos capazes de suprir esse défice". Trata-se do "resultado de dois anos de investigação (Outubro de 2005 a Setembro de 2007) que agora se apresenta, consubstanciado em oito percursos formativos de carácter transnacional, três dos quais incluem módulos de âmbito nacional para cada um dos países participantes: deontologia da prática jornalística digital, legislação dos media e digitalização, escrita e edição avançadas, curso de jornalismo multimedia, áudio digital para jornalistas de rádio, áudio digital para técnicos de rádio, vídeo digital para jornalistas de televisão, e vídeo digital para técnicos de televisão".

O projecto, co-financiado pela Comissão Europeia através do Programa Leonardo da Vinci, foi promovido pelo Colégio de Jornalistas da Catalunha e coordenado pelo Fundo de Formação da Zona Mediterrânica (Barcelona). Teve a participação dos portugueses Sindicato dos Jornalistas e Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas (CENJOR) e, também, do Sindicato de Jornalistas da Catalunha, do Centro de Educação e Formação de Rogaland (Noruega), do Sindicato dos Jornalistas de Chipre e do Tehne - Centro para a Inovação e Desenvolvimento da Educação (Roménia).


Na apresentação do projecto, falarão três oradores:

1) A formação profissional dos jornalistas num mundo digital, Fernando Cascais (director do CENJOR),
2) Jornalismo e jornalistas: o desafio digital, José Luiz Fernandes (presidente da Assembleia Geral do Sindicato dos Jornalistas), e
3) Mass Media/Self Media: tempos de transição, conferência por Carlos Correia (director do Centro de Investigação para Tecnologias Interactivas da Universidade Nova de Lisboa).

domingo, 21 de outubro de 2007

18º FESTIVAL INTERNACIONAL DE BANDA DESENHADA DA AMADORA 2007


Abriu anteontem o 18º Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora (FIBDA), o qual se prolonga até 4 de Novembro. O essencial da programação decorre no Fórum Luís de Camões, na Brandoa, Amadora, local recente e com um bonito jardim circundante.

No FIBDA, apresentam-se diversas exposições, merecendo destaque, por exemplo, as exposições de 10 BD do século XX (Little Nemo, Krazy Kat, Tintin, Batman, The Spirit, Peanuts, Forte Navajo, Corto Maltese e Maus). Mas também uma mostra de BD italiana (exposição interdita a menores de 18 anos) que reúne, entre outros autores, Milo Manara e Liberatore.

O Festival é ainda motivo para uma exposição do centenário de António Cardoso Lopes, fundador de O Mosquito (a seguir, reprodução parcial da notícia ontem editada no Público e assinada por Carlos Pessoa e imagens recolhidas do Festival, incluindo um conjunto separado com imagens de trabalhos de António Cardoso Lopes, também conhecido por Tiotónio).


Mais informações: ver sítio http://www.amadorabd.com/.

sábado, 20 de outubro de 2007

POSTAIS DE BERLIM - 10


Da Berlim destruída pela guerra em 1945 a elementos construídos durante a ocupação soviética, nomeadamente o muro da cidade (1961-1989), e à destruição do antigo parlamento da República Democrática Alemã, eis algumas imagens. Além de um pequeno vídeo junto a Siegessaüle, com uma pequena caravana de velhos Trabant, marca de automóveis produzido na antiga Alemanha de Leste, começava o seu percurso.


OFICINA DE JORNALISMO CULTURAL - TEIA 2007


Para ler a mensagem, clicar em cima da imagem.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

UMA MEMÓRIA


Da produção blogueira, um dos blogues que mais aprecio é o de Carlos Romão, A Cidade Surpreendente. Alia uma muito grande qualidade fotográfica a textos antropológicos de inegável profundidade. Dele, retiro a mensagem datada de 24 de Julho último (texto e imagens), agradecendo a possibilidade que me deu de (o, as) transcrever.

Na Rua de Passos Manuel há um local que desperta a atenção dos transeuntes mais atentos. Param e espreitam, surpreendidos perante um antigo armazém de tecidos que continua em plena laboração. Da estrutura do edifício, construído em 1860, aos objectos que o povoam, quase tudo ali remete para o passado. O soalho de tábua trincada, as enormes bancas de trabalho, o postigo e as divisórias em madeira do escritório, o velho cofre, uma prensa e até uma antiga balança de dois pratos e travessão, com os pesos alinhados. Numa das paredes interiores há ainda uma marca que indica ter ali funcionado uma leiloeira.




A fundação do actual armazém remonta a 1921. O Porto de então estava em pleno crescimento, constituindo um pólo de atracção em toda a região norte do país. José Gonçalves, um dos fundadores, começou a trabalhar em Guimarães, aos 12 anos de idade. Quando chega ao Porto, para exercer a profissão de viajante, é já um jovem adulto cheio de esperança e vontade de singrar. Passa a visitar os clientes do interior do país, munido de uma mala com amostras de tecidos, e regressa à casa mãe com encomendas.

Aqui conheceu Serafim Soares Monteiro, chefe de armazém com comprovada experiência mercantil, adquirida desde 1905, ano em que principiara a trabalhar numa firma do Largo dos Lóios. Ligados por uma sólida amizade e auxiliados financeiramente por João Rodrigues Loureiro – um industrial de Valença do Minho, conterrâneo e protector de Gonçalves, que o tinha levado para Guimarães em 1906 como marçano – fundam o armazém de lanifícios Gonçalves, Monteiro & Cia., Lda. O negócio prospera rapidamente na baixa fervilhante de actividade. Compram tecidos por grosso a vinte fábricas portuguesas e quatro inglesas, vendendo depois para todo o Portugal e colónias. Com a morte dos fundadores a firma passa para os herdeiros, que nos anos 70 compram o prédio e avançam com um projecto de modernização das instalações. Esse desígnio, que alteraria por completo o que lá encontramos, viria a ficar pelo caminho devido à instabilidade provocada pela Revolução de Abril e ao posterior desaparecimento prematuro de José Milhão, o sócio mentor da remodelação.

José Augusto Gonçalves, um dos donos actuais e homónimo do fundador, afirma que há vinte anos se contavam pelas dezenas os armazéns deste ramo no Porto. Hoje subsistem apenas uns três ou quatro. Mostra-me uma peça de surrobeco, um pano castanho e grosso caído em desuso juntamente com o burel, como exemplo dos velhos tecidos que continua a vender, para grupos de teatro e ranchos folclóricos, a par das actuais e excelentes casimiras importadas de Itália e dos poliésteres asiáticos. Não se queixando do negócio acrescenta que, quando aparecer um comprador para o edifício, fechará as portas e irá para casa, dissipando em pó este interessante episódio da memória da cidade.


[texto e imagens de Carlos Romão, do blogue A Cidade Surpreendente; a música, a clicar no canto inferior esquerdo das imagens em slide, foi escolhida por mim]

CARACTERIZAÇÃO DOS PÚBLICOS TEORIAS PRINCIPAIS EM ESQUENAZI


O PowerPoint que se apresenta nesta mensagem é um resumo do livro de Jean Pierre Esquenazi, Sociologia dos públicos, editado o ano passado pela Porto Editora (na verdade, o autor cobre sete teorias principais e eu apenas reflicto em seis).

Aqui, já escrevi sobre Esquenazi em
22 de Novembro de 2005 e 21 de Dezembro de 2006.

Mensagem dedicada aos meus alunos de Públicos e Audiências.



Hospede inúmeras fotos no slide.com GRÁTIS!

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

NOTAS SOBRE A CONFERÊNCIA INTERNACIONAL NA RTP


Decorreu hoje e na Fundação Calouste Gulbenkian, a conferência internacional da RTP, integrada nos seus 50 anos, com o título Evolução do serviço público de televisão.

Entre os presentes, destaco as intervenções de André Lange, Observatório Europeu do Audiovisual, Arons de Carvalho, deputado e docente da Universidade Nova, Robert Picard, docente da Jönkönking International Business School (Suécia), Jane Vizard, directora do departamento jurídico da UER, e Luís Marques, administrador da RTP [imagens: a mais pequena respeita à apresentação de André Lange, os vídeos a Arons de Carvalho, Robert Picard e Jane Vizard, as duas últimas inagens a intervenção do docente de direito Pedro Garcia Marques].



De Luís Marques, retive algumas ideias. A administração de que faz parte tomou posse em 2002. Num dos slides que mostrou, indicou que uma das medidas foi acabar a FOCO, empresa de prestação de serviços externos de produção, e criar uma empresa dentro da RTP, mais recentemente tornada direcção de produção. A linha de produtos (não incluiu na sua análise a informação) que foram desenvolvidos estão dentro deste quadro: documentários, infantis e juvenis, ficção, séries históricas, adaptação de obras literárias. A produção interna nacional alcançaria 57,86% em 2006 ao passo que a externa atingiu 27,94%. Realçou igualmente: 1) o número de produtoras externas que colaboram com a RTP passou de 48 em 2002 para 199 em 2007, 2) o acréscimo de programas recreativos (6190 horas em 2006) e documentários (5348 horas em 2006), 3) o aumento de horas de programação geral (20 mil horas em 2002, 62 mil horas em 2006, devido ao aumento de canais), 4) decréscimo dos custos de grelha (€ 124 milhões em 2000, € 96 milhões em 2006).

Faço aqui um reparo: pela apresentação de Luís Marques, parece que não havia RTP antes de 2002, nomeadamente programas. Poderia haver números mais baixos do que os conseguidos nos últimos anos, mas as emissões continham programas. O problema habitual de um gestor é falar da "sua" obra e esquecer que os projectos vêm de trás.

Aliás, o reparo estende-se ao anterior orador, Jorge Ponce Leão, igualmente administrador da RTP. Para este dirigente, o operador público cumpre o seu papel de regulador, pois se tornou matriz de referência e exigência, colocando pressão nos operadores comerciais. Em discurso autojustificativo, Ponce Leão mostrou contas. Dos € 700 milhões recebidos nos serviços de cabo, a RTP recebeu apenas € 7 milhões (um centésimo), ao contrário de um operador privado (não disse mas tudo indica que seja a SIC, sem falar no operador de telecomunicações que detém a transmissão do negócio). Igualmente como discurso interno - apesar de ser uma conferência internacional sobre serviço público, não houve representantes das televisões privadas -, Ponce Leão apresentou um gráfico em que a RTP aparecia como líder de audiências (31,9%).