quinta-feira, 25 de abril de 2013

Por Tudo e por Nada

AU1Por Tudo e por Nada é uma peça de Nathalie Sarraute, com encenação de Jorge Silva Melo, tradução de Jorge Silva Melo e Pedro Tamen, desempenhada por João Meireles, Pedro Carraca, Andreia Bento e António Filipe, cenografia e figurinos de Rita Lopes Alves, para os Artistas Unidos.

Dois homens, muito amigos desde sempre, discutem sobre os que os desuniu. O primeiro pergunta ao segundo o que aconteceu. Este recusou num momento e confidenciou depois: são apenas palavras. Um "Que bom" dito por um despertou azedume e afastamento do outro. Teria sido a entoação, a forma como ele se expressara.

H1: Ouve lá... Queria fazer-te uma pergunta... Foi um bocado por isso que vim... Eu queria saber... Que é que aconteceu? Que é que tu tens contra mim?
H2: Eu? Nada... Porquê?
H1: “A vida está ali... simples e tranquila”... “A vida está ali simples e tranquila”. É Verlaine, não é? H2: É. É Verlaine. Mas porquê?
H1: Verlaine. Isso mesmo.

As palavras despertam significados porque as compreendemos de uma dada maneira. Criam aproximações ou, na maioria das vezes, promovem incompreensões. A peça de Nathalie Sarraute confronta-nos com a realidade quotidiana: o que as palavras querem dizer do modo como são ditas. Puro domínio semiótico, a percorrer em Peirce ou Barthes. O segundo homem, conhecido por se zangar e se afastar das pessoas "por tudo e por nada", procura explicar as razões porque aquele "Que bom" transformara a velha amizade numa rejeição profunda. Falou em cilada, ratoeira, de superioridade intelectual do outro. Ciúme, incompreensão, disse este. Os vizinhos do segundo homem foram chamados para testemunhas e nada conseguiram extrair da entoação "Que bom". Exagero, excesso, terão pensado e dito. E foram-se embora porque lhes pareceu rídiculo o fundamento do afastamento do homem.

Nathalie Sarraute (nascida Natalyia Ilinichna Tcherniak, Ната́лья Ильи́нична Черня́к, em Ivanovo, perto de Moscovo, 1900-1999), filha de uma família letrada da burguesia judia, deixou a Rússia quando os seus pais se separaram e a mãe foi para Paris. A infância é partilhada entre esta cidade e São Petersburgo. Estuda inglês e história em Oxford, sociologia em Berlim e direito em Paris. Casa com Raymond Sarraute em 1925 e exerce advocacia até 1941, então afastada pelos tribunais nazis. Antes já escrevera um romance mas é em 1953, com o seu Retrato de um Desconhecido, prefaciado por Sartre, que começa a ser conhecida no mundo das letras.

por tudo e por nada

Fotografia: Artistas Unidos

25 de Abril de 1974

Isabel Ribas

Isabel Ribas, 25 de Abril (2009, acrílico sobre tela)

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Colóquio Sempre no Ar, Sempre Consigo

Ontem, foi uma jornada de recordações e análise da rádio e da música nas décadas de 1950 e 1960. Agradeço os contributos directos de António Miguel, Luís Filipe Costa e João David Nunes (grandes profissionais do Rádio Clube Português, emissora extinta em Dezembro de 1975), Sílvio Santos (Universidade de Coimbra), António Tilly (Instituto de Etnomusicologia - Centro de Estudos em Música e Dança) e Nelson Ribeiro (meu colega na Universidade Católica). No vídeo, uma parcela do testemunho de António Miguel que, com Fernando Curado Ribeiro, produziu o programa Sintonia 63, que emitia entre as três e as seis da manhã entre 1963 e 1967, fechando a emissão de 24 horas contínuas. No quadro seguinte, os diapositivos que apresentei, uma espécie de memória iconográfica da época.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Verbas para apoio da criação artística em 2013

Na edição da última quinta-feira, o jornal Público (Tiago Bartolomeu Costa) fazia um retrato da lista (ainda provisória) de apoios públicos à criação artística para 2013. As verbas atingirão quase 23 milhões de euros para 113 projectos nas áreas de teatro, dança, música, artes plásticas, arquitectura, design e fotografia. O número de projectos divide-se do seguinte modo: teatro (54), música (26), dança (17), conjunto de arquitectura, artes plásticas, artes digitais, design e fotografia (10) e cruzamentos disciplinares (6). O valor é mais reduzido se comparado com o ano de 2012 (menos 7,2 milhões de euros).

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Festa no Museu

Festa no Museu da Tapeçaria de Portalegre Guy Fino, na Rua da Figueira, 9, Portalegre, a realizar amanhã, 18 de Abril, com a presença da pintora Graça Morais. Da parte da tarde, um conjunto de comunicações; à noite, tecedeiras trabalham ao vivo um cartão de Graça Morais. Bem gostaria de estar presente. Mas, amanhã, é dia de trabalho intenso.

Livro sobre a coleção de arte contemporânea de António Cachola

ABCD0079Hoje, no Museu do Chiado, foi lançado o livro sobre a colecção de António Cachola, com a coordenação editorial de Delfim Sardo, Coleção António Cachola vol. 2012. Museu de Arte Contemporânea de Elvas. Delfim Sardo abre o livro com as seguintes palavras: "Qualquer coleção é o resultado de um cruzamento entre um conjunto de contingências que possuem pesos diversos no conjunto que configuram: a arte disponível no mercado ao tempo da sua constituição, o orçamento disponível para aquisições e aquilo que é visível do que é produzido artisticamente. É sobre estas contingências que se exerce a escolha do colecionador, esse emaranhado de razões e afetos que fazem com que a necessidade de posse seja convertida na necessidade de completude de um conjunto".

[texto a completar]
antónio cachola

domingo, 14 de abril de 2013

Em memória de Luzia Maria Martins

Luzia Maria Martins (1927-2000), conjuntamente com Helena Félix (1920-1991) e Valentina Trigo de Sousa formaram o Teatro Estúdio de Lisboa em 1964, companhia estabelecida no Teatro Vasco Santana, a Entrecampos, e com actividade até 1989. A exposição da Sociedade Portuguesa de Autores, agora patente no Museu Nacional do Teatro, dá conta do trabalho dessa grande encenadora, filha do cenógrafo Reinaldo Martins, que também passou pela rádio, nomeadamente o Rádio Clube Português. Esta experiência foi fundamental para a sua entrada na BBC Radio, onde foi locutora e produtora nas secções portuguesa e brasileira (1953-1964).

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Em Londres, Luzia Maria Martins frequentou os cursos de filosofia, cinema, encenação de bailado e luminotecnia. Nessas andanças, conheceu Helena Félix, que também residia em Londres, a qual, antes da estadia na capital inglesa, trabalhara em opereta e revista aproveitando a sua beleza e dotes vocais. De regresso a Portugal, as duas estariam na criação do Teatro Estúdio de Lisboa (TEL), como acima indico. A companhia foi uma escola de teatro, pois por lá passou mais de uma centena de actores, muitos em começo de carreira. O TEL estreou autores como Alexander Ostrovsky, Vaclav Havel, Thornton Wilder, Terence Rattingan, David Storey e muitos outros, alguns traduzidos pela própria Luzia Maria Martins (total de 18 traduções), mas também representou Tchekov, Strindberg, Giradoux, Duras e Alberti. Na crónica Lisboa 1972-74, aparece pela primeira vez a canção Uma Gaivota Voava, Voava, cantada por Ermelinda Duarte.

O TEL teve uma grande importância na história do teatro recente mas ainda não foi feito o reconhecimento devido, antes e depois de 1974. Acrescente-se que a censura do Estado Novo cortou ou proibiu diversas peças. Luzia Maria Martins ficaria como uma resistente face a preconceitos de diversa ordem, às vezes por ser muito voluntarista ou militante, e falta de apoios. A exposição é composta por painéis com apresentação dos principais elementos das peças representadas pela companhia, adereços, peças de vestuário usadas por Helena Félix e outros actores, maquetas de algumas peças e documentos escritos e outro material impresso.

[o texto segue o catálogo da exposição, escrito por José Carlos Alvarez, director do Museu Nacional do Teatro, e apresentação de José Jorge Letria, presidente da Sociedade Portuguesa de Autores]

 

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Revista C regressa às bancas

Após um período de suspensão, a Revista C regressa ao mercado com nova gestão. A BDMP é o novo editor da marca de informação regional que garante a gestão da marca CNotícias (Revista C e portal multimédia www.cnoticias.net) nos próximos cinco anos. O projeto editorial regressa com novos conteúdos e uma abordagem posicionada no segmento trending & events. Novas secções - Artes & Cultura, Estilo, Comportamento, Saúde & Bem Estar, Pais & Filhos, À Mesa, Vícios & Culpas, Motores, Casa & Decoração e Viajar - complementam as antigas áreas da Revista C e reforçam a informação, em função do perfil dos leitores: pessoas de idades entre 24 e 60 anos, ativas, com forte carácter e atitude, conectadas ao mundo, fluentes em tecnologia e habituadas a conhecer as tendências nas mais diversas áreas [informação a partir da própria revista].

quarta-feira, 10 de abril de 2013

25 anos de rádios locais em Portugal

Rádios locais em Portugal. 25 anos. O jornalismo e os jornalistas, colóquio a realizar no dia 18 de abril, pelas 10:30, na Escola Superior de Educação de Portalegre.

luís bonixe

domingo, 7 de abril de 2013

Atelier Museu Júlio Pomar (Lisboa)

JPAbriu na semana passada o Atelier Museu Júlio Pomar, num armazém comprado (2000) e recuperado pela Câmara Municipal de Lisboa com traço de Álvaro Siza Vieira, na rua do Vale, 7, muito perto da Igreja das Mercês. É um espaço airoso de dois pisos, em que se expõe a obra do pintor Júlio Pomar. A fundação que gere o atelier museu possui um total de várias centenas de obras no seu acervo, incluindo pintura, escultura, desenho, gravura, cerâmica, colagens e assemblages, que irá expor doravante. Alberga ainda um auditório para realização de conferências, lançamentos de livros e outros eventos.

A exposição inaugural tem obras da fundação e de entidades privadas e está dividida em quatro núcleos, o primeiro dos quais mostra a pintura do artista no período neo-realista das décadas de 1940 e 1950, como Resistência (1946) e Marcha (1946). O segundo núcleo pertence à década de 1960, de linguagem gestual, onde estão presentes temas como as corridas de touros e cavalos. O terceiro núcleo, que ocupa uma parede do segundo piso, revela colagens, de grande beleza conceptual, com temas de animais e cenas de corpos, desejo e maior erotismo, e assemblages. O último núcleo, um regresso à pintura nas décadas de 1980 e 1990, tem telas de maior dimensão, de cores fortes e vivas, o que expressa vidas intensas, algumas delas dedicadas aos índios da Amazónia.

JP

sábado, 6 de abril de 2013

E a que brindamos? no Teatro Rápido

TREm E a que brindamos?, de Pedro Lopes e Miguel Simal, no Teatro Rápido, um sem-abrigo (Sabri Lucas) é abordado por um empregador (Fernando Ferrão), indivíduo que o quer libertar de viver miseravelmente na rua. Depois de lhe oferecer um chocolate e uma bebida, propõe-lhe um emprego para a apanha do mitilo na Noruega. O local do encontro é uma estação ferroviária em Lisboa. O empregador procura saber as razões do outro: viver na rua deve ser difícil. O sem-abrigo tem um discurso organizado: precisa de pensar para decidir a oferta. No fim de contas, ele tem uma vida estável, sem preocupações. Pertencem-lhe um cobertor, um saco de roupa velha, um rádio a pilhas que já não funciona, tudo coisas que ele não pode perder, o que o obriga a estar sempre ao pé das mesmas. E conta uma história, que poderia atribuir-se a si próprio mas que parece pertencer a um outro: ele ficou sem emprego, a mulher abandonou-o por outro, os filhos não querem saber dele. Combinam voltar a conversar no dia seguinte, para se tratar da decisão. Conclui o sem-abrigo ao seu novo amigo: "apareça sempre que quiser, a porta está sempre aberta".

A peça não dura mais de dez minutos numa sala que seria de uma loja de centro comercial que liga a rua Garrett à rua Serpa Pinto, em Lisboa, que não abriu ou foi desactivado e tem hoje outras pequenas salas e um bar, onde também há concertos, espaços muito agradáveis (ou interessantes). Os dois actores representaram mesmo junto aos espectadores e no final agradeceram, desejando continuação de boa tarde. A ficção pode estar longe da realidade mas leva-nos a pensar nos sem-abrigo, pois as cidades têm cada vez mais homens (e mulheres) a dormirem e a vaguearem pelas ruas sem orientação e sem uma vida decente e feliz.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

VI Prémio Compostela de Álbuns Ilustrados

Pepa BellónMariana Ruiz Johnson (Buenos Aires, 1984) é a vencedora do VI Prémio Internacional Compostela para Álbuns Ilustrados, no valor de 9000 euros, pela obra apresentada sob o título Mamã [Mamá]. O júri destacou "a vitalidade, a força e o manejo da cor de um livro que trabalha um tema universal e especialmente próximo do mundo da infância". Também elogiou "a pequena e conseguida homenagem que a autora presta a grandes figuras da história da pintura" [informação da entidade organizadora; ler mais aqui].

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Não fiques calado, pá!

teatro1Em 1963, há cinquenta anos, duas das peças de teatro de revista mais faladas e apreciadas foram Ó Pá Não Fiques Calado e Vamos Contar Mentiras. Estes títulos das revistas indiciam uma certa descompressão social. Mas o regime político endurecera, pois as guerras coloniais em África estavam no auge, e eu não conheço os cortes que a censura do SNI fez então. Ribeirinho era um actor consagrado, Aida Baptista, Camilo de Oliveira e Armando Cortez seguiam uma carreira já conhecida. Do mesmo modo, Florbela Queirós e Irene Cruz, cada qual em distintos géneros e modos de abordar o teatro, iam tornar-se estrelas do teatro nacional. Raul Solnado tornar-se-ia, ao longo da década, o actor mais popular do país. A publicidade retirei-as dos jornais O Século e Diário de Notícias. O design dos anúncios reflecte, claro, a cultura daquela época, que precisa de ser melhor estudada e identificada.

Observação: esta é a minha homenagem a todos os que ao longo dos dois últimos anos protestaram contra a atribuição de licenciatura a um ministro que hoje se demitiu. A entrevista de Nuno Crato, o responsável governamental pela pasta da Educação, ao canal SIC Notícias, terminada há minutos, foi objectiva quanto a isso. Ele falou em necessidade de credibilizar a universidade e de rever a legislação de atribuição, na universidade, de equivalências (ECTS) de modo indiscriminado. Todos os partidos do quadro parlamentar respiraram de alívio com a demissão anunciada hoje - e os cidadãos também. Talvez as grandoladas tenham acabado, porque surtiram já efeito.

Afinal, não ficar calado e contar mentiras vão no mesmo sentido - aquilo que devemos fazer e aquilo que temos de evitar. A minha questão é: que mais coisas pode o passado iluminar para compreendermos o que está de (profundamente) errado na sociedade portuguesa de hoje?

RS

Micro-teatro

e a que brindamos

Estreou hoje e vai até à próxima segunda-feira, às 18:20, a micro-peça E a que brindamos?, de Pedro Lopes e Miguel Simal, no Teatro Rápido. "O micro-teatro permite ao espectador entrar num mundo fascinante.

O Teatro Rápido apresenta assim, uma proposta nova e intimista, na qual o espectador é convidado a entrar. Não existindo a distância comum entre plateia e palco, o público vê-se apanhado no meio da acção, partilhando sensações com as personagens que lhe são apresentadas" (do blogue Teatro Rápido).

O Teatro Rápido tem entrada permanente pela rua Serpa Pinto, 14, e entrada até às 18:00 pela rua Garrett, 56-60, Lisboa.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Sempre no Ar, Sempre Consigo, dia 23, pelas 14:00

Sempre No Ar, Sempre Consigo (versão 4)
Marcar na agenda este colóquio: dia 23, pelas 14:00, na sala 121 da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Exposição "Abril saiu à rua" em Gouveia

A exposição Abril Saiu À Rua, a apresentar nas Galerias Abel Manta, concelho de Gouveia, pretende recriar o ambiente eleitoral dessa época: ao percorrer as "ruas" da exposição, os visitantes observam a diversidade cromática dos cartazes em formato original, admiram a criatividade das pinturas nos murais onde de tudo se escrevia, e absorvem a sonoridade que pairava no ar. Para um melhor enquadramento histórico, existem painéis explicativos com cronologia e breves descrições dos intervenientes nas campanhas eleitorais, as primeiras páginas da imprensa generalista e partidária, e os resultados das eleições desse período. A aplicação multimédia disponibilizada permite obter informações mais detalhadas e uma maior interactividade com o visitante. Local: Galerias Abel Manta. Data: 8 de Abril a 3 de Maio (informação da organização).

Museu da Presidência da República



O Museu da Presidência da República vai participar no Belém Art Fest, uma iniciativa cultural a decorrer nos dias 5 e 6 de Abril em quatro museus localizados na zona de Belém, em Lisboa. Está prevista a abertura ao público da exposição de arte contemporânea “Vai ser Arte: 70 anos de arte contemporânea”, e vários concertos de fado e jazz. O acesso dos visitantes ao Museu poderá ser feito até à meia-noite (informação da entidade organizativa).

Concerto de Caixa de Pandora


Sexta-feira, dia 5 de Abril, na Sociedade Portuguesa de Autores, Caixa de Pandora.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

FESTin

Festin

O 4.º FESTin decorre no Cinema São Jorge, em Lisboa, entre 3 e 10 de abril de 2013. Entre as novidades na programação, destaca-se a homenagem ao Festival de Gramado (Brasil), que, entre diversos filmes premiados, traz a Lisboa a estreia do filme Colegas, protagonizado por três atores com Síndrome de Down, um fenómeno de sucesso no Brasil. O cinema de Angola é também homenageado, através da parceria com o IACAM – Instituto Angolano de Cinema Audiovisual e Multimédia. No FESTin, há ainda uma maratona de documentários e uma mostra dedicada ao público infantil. Estas sessões juntam-se ao programa habitual do FESTin, constituído por duas sessões competitivas(longas e curtas-metragens), Mostra de Cinema Brasileiro (longas e curtas-metragens) e Mostra de Inclusão Social. Durante sete dias, serão exibidos 75 filmes, entre longas e curtas-metragens de ficção, documentário e animação, provenientes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe.

Além disso, o FESTin organiza o I Encontro Internacional de Jornalistas de Cinema, no dia 4 de Abril, pelas 18:00, na sala 2 do Cinema São Jorge, em Lisboa. Direccionada a profissionais e estudantes da área do jornalismo, audiovisual e cinema, mas também aberta ao público, a mesa-redonda conta com a participação de Ángel Quintana (Espanha) (coordenador da Caiman Cuadernos de Cine), António Loja Neves (Portugal) (realizador, crítico e jornalista do jornal Expresso), Fermín Cabanillas Serrano (Espanha) (correspondente da Agência EFE de Huelva), Ivonete Pinto (Brasil) (vice-presidente da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema) e Letícia Constant (Brasil/França) (editora de Cultura da Rádio França Internacional de Paris), com moderação de José Vieira Mendes (Portugal) (jornalista e crítico). No final da sessão, será lançado o livro Cinema em Foco do jornalista e crítico  brasileiro Felipe Brida (informação da organização do festival).

Programação completa: http://festin-festival.com.

Almada Negreiros

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No dia 7 de Abril, contam-se 120 anos sobre o nascimento de Almada Negreiros (7.4.1893-15.6.1970), um dos pilares da arte portuguesa do século XX. Artista ecléctico, multifacetado. Com início em Abril e até final do ano, um extenso programa, desenvolvido com a colaboração de várias entidades e instituições, assinala esta efeméride. Tertúlias, documentários, exposições, colóquios, espectáculos, edições sobre o artista e reedições da sua obra são algumas das iniciativas que vão permitir um novo olhar sobre o seu legado (texto da organização das comemorações).

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