
Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
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quarta-feira, 4 de abril de 2018
domingo, 20 de março de 2016
Livro sobre ciberjornalismo de Helder Bastos em segunda edição
Já tinha escrito aqui, a 18 de janeiro de 2011, sobre a primeira edição do livro de Helder Bastos, Origens e Evolução do Ciberjornalismo em Portugal. Agora, saiu a segunda edição, a que juntou ao título Os primeiros Vinte Anos (1995-2015) e com alargamento de textos, de 106 para 143 páginas.
Então escrevi: "Com quatro capítulos (contexto global do ciberjornalismo, antecedentes do ciberjornalismo em Portugal, periodização em três fases, e evolução do modelo de negócios), constitui um útil instrumento de trabalho para quem quer estudar e conhecer o jornalismo electrónico em Portugal". A edição saída agora (final de 2015) mantém a estrutura de quatro capítulos mas adequa o segundo, designado por contexto nacional do ciberjornalismo.
O autor destaca três etapas na evolução do jornalismo digital: implementação, expansão e depressão/estagnação. Sobre os modelos de negócios, Helder Bastos distingue o iniciado em 2001, reparte a atenção por pagamento de conteúdos, assinatura, acesso gratuito como forma de publicitação dos meios pagos (jornal), lenta inclusão de anúncios em banners, organização de conferências pagas mas publicitadas gratuitamente na internet, design e construção de sites, a que se seguem modelos sem negócio. Neste caso, inclui criação de fundações, mecenato, crowdfunding de conteúdos, sinergias dentro de um grupo de media e micro-pagamento. O autor identifica modelos emergentes, onde se desenvolvem tipos de modelos já ensaiados, como conteúdos patrocinados, conferências e conteúdos patrocinados, e venda de conteúdos para plataformas móveis, a que junta a circulação digital residual. Já em 2009, Helder Bastos realça o regresso da cobrança de conteúdos.
Detenho-me brevemente nas páginas 42-43, em que se recorda o ano de 1995, quando as redações dos jornais começaram a adotar o online, caso do Jornal de Notícias (Porto), quando dois jornalistas, um da secção de política (Helder Bastos) e outro da secção de nacional (Nuno Marques) foram destacados para trabalhar em exclusivo na edição digital do jornal. Então, havia quatro vertentes principais no trabalho dos jornalistas: interatividade com os leitores, edição de notícias, gestão de participação dos leitores em fóruns de discussão e passagem dos conteúdos do jornal em papel para o digital. Isso inibiu os jornalistas de saírem da redação, por exemplo para fazerem reportagens. Helder Bastos, deste modo um pioneiro e observador atento do fenómeno da digitalização e do online até hoje, escreveu que o ciberjornalismo inicial foi marcado pela predominância técnica e pelo esvaziamento da produção jornalística própria.
Por interesse de investigação, gosto particularmente do capítulo 2, onde o autor e docente universitário escreve sobre o contexto nacional do ciberjornalismo, com recurso a muitos números e etapas do desenvolvimento tecnológico, associando o telemóvel, a internet, a rádio e a imprensa em papel, o meio mais afetado pela economia e pela migração para o digital. Fixo as páginas 35 a 40, onde há uma análise diacrónica a partir da década de 1980, quando o país assistiu à revolução informática, responsável por alterações profundas nos mecanismos de produção gráfica e do funcionamento e competências das redações dos jornais.
Realce ainda para a útil cronologia colocada no final do livro, onde o leitor pode verificar a rápida evolução dos domínios em internet, edições eletrónicas digitais, portais, emprego e despedimentos, jornais e portais universitários, parcerias, sinergias dentro de grupos (televisão, rádio, imprensa), acesso gratuito e a pagamento, evolução de sistemas operativos e mais tópicos.
Leitura: Helder Bastos (2015). Origens e evolução do ciberjornalismo em Portugal. Os primeiros Vinte Anos (1995-2015). Porto: Afrontamento, 143 páginas
sábado, 2 de janeiro de 2016
Ponto Media
António Granado escreveu o seguinte: "O PONTO MEDIA chega hoje ao fim. Foram 15 anos de vida, acompanhado pelos melhores leitores. Quando, ainda no ano 2000, decidi criar este blog como resolução de novo milénio, sempre pensei que os posts teriam de ser úteis para quem o visitasse. Fiz questão de optar por um estilo curto (às vezes demasiado curto, admito), privilegiando links para textos que me pareciam interessantes e que pudessem trazer alguma novidade ao campo do ciberjornalismo, mas não só. O blog serviu também, como tantas vezes disse, para me organizar melhor, para conseguir ter à mão uma grande diversidade de textos que pudesse utilizar nas aulas ou recomendar aos alunos. Nesse sentido, o Ponto Media cumpriu o seu propósito e acho que terá sido proveitoso para quem o acompanhou".
Ao António Granado, os meus agradecimentos pelos seus textos e pelo incentivo dado quando eu quis também terminar este espaço. Também eu gostaria que ele continuasse, um blogue que até tem ISSN.
Ao António Granado, os meus agradecimentos pelos seus textos e pelo incentivo dado quando eu quis também terminar este espaço. Também eu gostaria que ele continuasse, um blogue que até tem ISSN.
quarta-feira, 14 de outubro de 2015
Arroios TV
Amanhã, a partir das 10:00, a Arroios TV começa a emitir em direto do Largo do Intendente Pina Manique, Lisboa. Projeto da Junta de Freguesia de Arroios, estará presente na emissão inaugural o olisipógrafo José Sarmento de Matos. O acesso à emissão faz-se através do canal 5050 do Meo ou através de www.kanal.pt/5050. Ver vídeo de introdução.
sexta-feira, 10 de julho de 2015
Lançamento do livro de Ana Isabel Reis sobre áudio, rádio e internet
Na biblioteca do curso de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto foi hoje apresentado o livro de Ana Isabel Reis, O Áudio nas Cibernotícias das Rádios, em edição da Media XXI.
O livro, que parte da tese de doutoramento da autora, tem seis capítulos, versando a nova rádio, as características da rádio na internet, o jornalismo radiofónico, o som no jornalismo da rádio, o estudo do áudio nas cibernotícias e o áudio nas notícias em quatro sítios de rádios nacionais (TSF, Renascença, RDP e Rádio Clube).
Fixo-me no capítulo sobre som no jornalismo radiofónico, que Isabel Reis divide em linguagem, hipertexto e hiperáudio e contributo do som para a cibernotícias. Para som (sonoridade), a autora remete para diversas definições: universo sonoro (Herreros), representação do mundo para o ouvido (Arnheim), sonosfera (Balsebre), experiência acústica (Lazarsfeld), meio cego (Crisell). Isabel Reis sente-se confortável com a definição de Balsebre: "conjunto de formas sonoras e não sonoras representadas pelos sistemas expressivos da palavra, da música, dos efeitos sonoros e do silêncio" (citado na p. 83). Mais à frente, a autora indica o contributo do som: quando a notícia surge na redação, o jornalista tem de a transformar em som, com a voz do protagonista, o comentário do especialista e o som ambiente do acontecimento (p. 89).
Na mesa, além da autora, houve intervenções de Pedro Leal (Rádio Renascença), Manuel Pinto (Universidade do Minho) - de quem se pode ver um vídeo de parte da sua apresentação - e Paulo Faustino (editor da Media XXI). A sessão foi aberta por Helder Bastos (Universidade do Porto).
O livro, que parte da tese de doutoramento da autora, tem seis capítulos, versando a nova rádio, as características da rádio na internet, o jornalismo radiofónico, o som no jornalismo da rádio, o estudo do áudio nas cibernotícias e o áudio nas notícias em quatro sítios de rádios nacionais (TSF, Renascença, RDP e Rádio Clube).
Fixo-me no capítulo sobre som no jornalismo radiofónico, que Isabel Reis divide em linguagem, hipertexto e hiperáudio e contributo do som para a cibernotícias. Para som (sonoridade), a autora remete para diversas definições: universo sonoro (Herreros), representação do mundo para o ouvido (Arnheim), sonosfera (Balsebre), experiência acústica (Lazarsfeld), meio cego (Crisell). Isabel Reis sente-se confortável com a definição de Balsebre: "conjunto de formas sonoras e não sonoras representadas pelos sistemas expressivos da palavra, da música, dos efeitos sonoros e do silêncio" (citado na p. 83). Mais à frente, a autora indica o contributo do som: quando a notícia surge na redação, o jornalista tem de a transformar em som, com a voz do protagonista, o comentário do especialista e o som ambiente do acontecimento (p. 89).
Na mesa, além da autora, houve intervenções de Pedro Leal (Rádio Renascença), Manuel Pinto (Universidade do Minho) - de quem se pode ver um vídeo de parte da sua apresentação - e Paulo Faustino (editor da Media XXI). A sessão foi aberta por Helder Bastos (Universidade do Porto).
domingo, 24 de maio de 2015
Umberto Eco e a internet
"Umberto Eco: «No momento em que todos têm direito à palavra na internet, temo-la dada aos idiotas»" (retirado do Diário de Notícias de hoje).
Eco é um homem muito velho mas igualmente muito sábio. Ele merece que se faça uma reflexão sobre a frase.
sexta-feira, 24 de abril de 2015
NetStation 2015
Numa das sessões da manhã de hoje na conferência internacional NetStation 2015. Radio, Sound, and Internet, na Universidade do Minho. Pedro Portela e Fábio Ribeiro com a comunicação Serial: a importância da estética sonora na popularização de um podcast e Ana Sofia Andrade com o texto A voz do dia-a-dia e a voz profissional. Eu falei sobre Fernando Curado Ribeiro e o seu livro Rádio. Produção, Realização, Estética (1964).
em especial os relacionados com a estética sonora e ligações com obras sobre rádio editadas na França pós-II Guerra Mundial e que influenciaram a sua escrita:
Sudre, 1945; Thévenot, 1946; Cordier, 1950; Pradalié, 1951 [a última fotografia pertence à organização do evento].
quarta-feira, 8 de abril de 2015
Íntima Fracção
A Íntima Fracção faz hoje 31 anos. Começou na rádio, continua na internet. Parabéns ao Francisco Amaral.

sábado, 7 de março de 2015
A queda do MySpace contada por um dos seus protagonistas
Em 2015, Sean Percival trabalha num acelerador de 500 empresas que estão a iniciar-se (Startup). Mas, entre 2009 e 2011, ele trabalhou no MySpace como vice-presidente de marketing on-line – no momento em que a rede social Facebook ultrapassou o MySpace. Em discurso na conferência By:Larm em Oslo, esta semana, Percival deu a sua visão do que correu mal no MySpace, a partir da “enorme bagunça” do seu sítio de internet e da “política de ganância” da empresa-mãe News Corporation, após uma tentativa de adquirir o serviço de streaming de música Spotify. Na sua conversa, ele alertou as outras grandes empresas de redes sociais, como o Facebook, para as lições retiradas do declínio do MySpace, de modo a evitar um destino semelhante (a partir de notícia no The Guardian).
sexta-feira, 12 de dezembro de 2014
Rádio e internet
"Na última terça-feira (9/12), a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) lançou a campanha Smart é ter rádio de graça no celular. O objetivo é estimular o consumo do rádio nos aparelhos móveis, sugerindo à população que opte por celulares com chip de rádio FM. Com o rádio no celular, defende a associação, não é necessário usar o pacote de internet para ter acesso à informação e entretenimento. A campanha envolve spots de rádio, peças publicitárias para internet, mídia impressa e redes sociais. «O foco é valorizar a recepção da programação do rádio pelo ar, gratuitamente. Para o público, que em sua maioria consome planos pré-pagos de internet e de celular, ter rádio sem pagar nada é um ativo muito relevante», afirma o presidente da Abert, Daniel Slaviero" (retirado do sítio culturaemercado/).
domingo, 25 de março de 2012
Saúde e internet

Na introdução, lê-se que não "é despropositado pensar na possibilidade de uma cirurgia que esteja a decorrer em Portugal seja participada por médicos em Berlim ou Oslo. O conceito de colaboração ganha uma outra dimensão prática e operacionalidade. [...] Por outro lado, a informação clínica disponível on-line permite que o cidadão informado possa também ser um ator consciente e mais responsável na gestão da sua saúde individual, mas também na saúde da sua comunidade" (p. 1).
Se a primeira parte do livro aborda conceitos essenciais para a compreensão das tecnologias da informação em saúde, a segunda parte mostra os resultados de um inquérito por questionário efetuado à população residente em Portugal continental, com idade igual ou superior a 15 anos (808 inquéritos). Por fim, o estudo reflete sobre o espaço das tecnologias de informação e os seus recursos no campo da saúde.
Os investigadores delinearam quatro perfis: 1) não relação com a internet (33,7% dos inquiridos), 2) relação habitual com a internet (29,2%), 3) info-exclusão (21,6%), 4) relação diária com a internet (15,5%). Curiosamente, entre os utilizadores habituais de internet o grau de confiança nesse recurso é menor relativamente a outros meios de informação (p. 34), passando pela compra de medicamentos, produtos dietéticos ou de estética e bem estar (p. 35). Sabendo-se que a proporção de indivíduos que consulta internet anda à volta de 45%, a percentagem de pessoas que procura informação sobre saúde, estética e bem estar situou-se nos 25,7%, em que a grande maioria pertence a pessoas que utilizam habitualmente a internet (p. 22). Os indivíduos procuram obter informações especializadas sobre um problema de saúde (86,1%), aumentar o conhecimento geral sobre saúde (82,7%) e partilhar experiências sobre problemas de saúde (41,7%), entre outros objetivos de pesquisa (p. 29). Os assuntos procurados incluem boa forma e exercício físico, nutrição e problemas alimentares, beleza e bem estar, doenças sexualmente transmissíveis, métodos anticoncecionais, fertilidade e gravidez, toxicodependências (p. 26).
Há um elemento do livro que me chamou uma atenção particular: o crescente ceticismo de populações mais escolarizadas face a esferas periciais, o que enquadra a ideia de uma fase de quebra de legitimidade da medicina (p. 63). Eu constatara isso na minha tese de doutoramento, quando estudei o aparecimento e desenvolvimento de uma doença transmissível sexualmente e o seu impacto nos media. Há elementos novos que o estudo acrescenta, caso da redução de despesa pública na saúde acarretar uma quebra de confiança na autoridade médica. Claro que, em caso de uma dúvida, um indivíduo consulta outro médico particular (75%), consulta outro médico do SNS (11%) ou procura informação na internet (3%), em termos de relação diária (p. 65).
segunda-feira, 9 de maio de 2011
ESTAÇÃO DE RÁDIO SOCIAL LANÇADA NOS ESTADOS UNIDOS
Segundo o sítio Media Network, vão ser lançadas nos Estados Unidos, no próximo mês de Junho, as primeiras estações de rádio alimentadas pela Web social, durante 24 horas por dia, com base na plataforma Jelli. A Jelli assume toda a programação de duas emissoras de rádio por via terrestre em Las Vegas.
Nas estações KHIJ-FM e-KVBE FM, os ouvintes escolhem em tempo real cada música pop ou rock através do sítio Jelli ou Jelli app para iPhone. No momento, há mais de 150 milhões de americanos que usam as redes sociais para partilhar, comunicar e consumir conteúdos. A rádio tem 242 milhões de ouvintes por semana. Assim, a experiência da Jelli pode combinar o poder e o entretenimento da rede social com o alcance de uma transmissão de rádio terrestre e criar algo de muito inovador. A emissão das duas estações será totalmente automatizada através da plataforma em nuvem da Jelli.
Nas estações KHIJ-FM e-KVBE FM, os ouvintes escolhem em tempo real cada música pop ou rock através do sítio Jelli ou Jelli app para iPhone. No momento, há mais de 150 milhões de americanos que usam as redes sociais para partilhar, comunicar e consumir conteúdos. A rádio tem 242 milhões de ouvintes por semana. Assim, a experiência da Jelli pode combinar o poder e o entretenimento da rede social com o alcance de uma transmissão de rádio terrestre e criar algo de muito inovador. A emissão das duas estações será totalmente automatizada através da plataforma em nuvem da Jelli.
segunda-feira, 11 de abril de 2011
O YOUTUBE ESTÁ CADA VEZ MAIS PERTO DA TELEVISÃO
No final da passada semana, o YouTube criou um "palco" para eventos ao vivo (youtube.com/live). Assim, após inscrição, os espectadores podem assistir a espectáculos e eventos transmitidos por parceiros da Google, como shows, actividades desportivas e entrevistas. O YouTube planeia testar uma versão da plataforma de modo a que cada utilizador da plataforma possa ver os seus próprios shows em tempo real. Há programas a emitir no momento em que o utilizador acede, em simultâneo, e outros com horário previsto para emissão, como na plataforma da televisão por cabo existem canais diferentes com programação específica. Mais de dois mil milhões de vídeos são vistos diariamente no YouTube, o que quer dizer: consumir mais tempo online em vez do tempo dedicado à televisão (via Google).
sexta-feira, 8 de abril de 2011
MYSPACE EM QUEDA
No Público de hoje, Vítor Belanciano escreve sobre a ascensão e queda da rede social MySpace. Nasceu em 2004, pelas mãos de Chris DeWolfe e Tom Anderson, com a capacidade de os músicos colocarem directamente os seus temas num perfil em vez de usarem o sistema de distribuição tradicional e de toda a cadeia de valor até então em uso: formar uma banda, conseguir um contrato, editar um disco e passá-lo na rádio e na televisão, com concertos incluídos. Apareceram fenómenos como Arctic Monkeys e Lily Allen, surgidos do nada. Até 2008, 180 milhões de pessoas adoptaram a rede. Uma alteração dera-se, entretanto: em 2005, Rupert Murdoch comprara o MySpace por 580 milhões de dólares. Com o aparecimento do Facebook, a rede MySpace quis competir, alargando o nicho inicial da música a elaboração de perfis, troca de fotografias, músicas e textos. A estratégia de seguimento revelou-se um desastre, com novo desenho gráfico (275 milhões de dólares de custo), além de que apareceram sítios mais atraentes como Last.fm ou Spotify e o próprio Facebook. O MySpace perdeu 130 milhões de utilizadores, passou da segunda plataforma mais visitada, depois da Google, para o actual 58º lugar. Murdoch acumulou dívidas e despediu e encerrou escritórios já este ano, como aqui escrevi. Agora o patrão do grupo Media News Corp procura compradores para o sítio musical.
sábado, 29 de janeiro de 2011
IMPRENSA E INTERNET
Na sua coluna do Diário de Notícias publicada hoje, J.-M. Nobre-Correia escreve sobre sucessivas crises que abalaram a imprensa: a rádio nas décadas de 1940 e 1950, a televisão nas décadas de 1960 e 1970, a perda dos monopólios com proliferação de rádios e televisões nas décadas de 1970 e 1980, a internet com abundância de fontes de informação e interactividade e possibilidade de criação de media nas décadas de 1990 e 2000. Para combater a quebra de vendas, abriram-se portas à "economia da gratuidade" e a passagem das "informações de serviço e dos classificados esvaziou seriamente duas funções sociais primárias dos jornais". Mas a internet não permitiu atingir os resultados esperados em termos de pagamento das consultas, de assinaturas e de receitas publicitárias. O novo tablet da Apple parecia alterar esta situação, mas J.-M. Nobre-Correia apresenta razões para um novo falhanço.
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
REDES SOCIAIS NO NORTE DE ÁFRICA E MÉDIO ORIENTE
A rede social Twitter confirmou ontem ter estado fechada pelas autoridades egípcias. Quando a revolta no Egipto parecia tomar o mesmo rumo dos acontecimentos da Tunísia, onde os governantes que se mantinham no poder há décadas foram contestados e expulsos, o governo egípcio desligou o acesso à rede social. Na Tunísia, grande parte da população, em especial a mais jovem, usou o Twitter, Facebook e YouTube nesse levantamento, repetindo manifestações semelhantes ocorridas no Irão em 2010.
As redes sociais estão a desempenhar um papel de mobilização social igual ao do telemóvel no começo da década passada. Acaba por ser mais eficiente dada a malha de redes pessoais ser mais complexa, capilar e dispersa mas chegando aos mesmos receptores que o telemóvel, para não falar na menor eficácia de contactos via panfleto em papel quando não existiam estas tecnologias electrónicas. Por seu lado, a televisão faz a recolha e tratamento de informação, conferindo uma narrativa aos dados dispersos que chegam às redacções. A televisão amplia, a televisão chega aos outros lugares, aos outros países, permite ensaios noutros espaços, comparabilidades e hipóteses de mudança.
As redes sociais estão a desempenhar um papel de mobilização social igual ao do telemóvel no começo da década passada. Acaba por ser mais eficiente dada a malha de redes pessoais ser mais complexa, capilar e dispersa mas chegando aos mesmos receptores que o telemóvel, para não falar na menor eficácia de contactos via panfleto em papel quando não existiam estas tecnologias electrónicas. Por seu lado, a televisão faz a recolha e tratamento de informação, conferindo uma narrativa aos dados dispersos que chegam às redacções. A televisão amplia, a televisão chega aos outros lugares, aos outros países, permite ensaios noutros espaços, comparabilidades e hipóteses de mudança.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
NOVO SÍTIO DA SOPCOM
A Sopcom (Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação) tem um novo sítio da internet: ver aqui.
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
SAPO COMO AGREGADOR
A relação do portal Sapo com a RTP e o grupo Controlinveste alterou-se no começo deste ano. Assim, a RTP passa a assegurar directamente a comercialização do espaço publicitário do seu sítio, feito durante um ano pelo Sapo. No caso das AddWords e dos vídeos do YouTube, o processo já era tratado directamente com a Google. Por seu lado, os sítios de Diário de Notícias, Jornal de Notícias e TSF deixaram de ser comercializados pelo Sapo (fonte: Meios & Publicidade).
WIKIPEDIA
"Com mais de 100 mil voluntários, a Wikipedia é já uma das maiores fontes de informação global. A uma velocidade de 600 palavras por minuto, durante 24 horas por dia, uma pessoa poderia ler cerca de 27 milhões de palavras durante um mês. Em média, a cada 30 dias, a Wikipedia - que celebra amanhã 10 anos de existência - vê serem-lhe acrescentadas 30 milhões de vocábulos" (Económico).
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
PNET DESIGN
O PNETdesign, que teve início em 31 de Março último, procura "reflectir, de modo cumulativo, as várias esferas de produção, criação e gestão do design em Portugal e no mundo, atravessando campos de actividade que articulam o mercado, a educação, os eventos, o branding, o ciberdesign, o design gráfico e, também, a opinião".
Segundo o seu coordenador Luís Carmelo, professor de semiótica e gestor do projecto ChiadoDesign: "Quando hoje em dia olhamos com atenção à nossa volta, não é difícil percebermos de imediato como o design se entranhou na nossa vida. Tudo, de facto, aparece incorporado e moldado pelo design: os jornais que lemos, as cadeiras em que nos sentamos, as imagens que pululam nos sites e outdoors, os sapatos com que andamos ou as malas e sacos onde guardamos as nossas coisas. O design resolve problemas, atrai a estética até ao nosso corpo e parece conferir ao mundo que nos rodeia, objecto a objecto, uma espécie de pulsação. Esta omnipresença do design tornou-se tão comum que acaba por misturar um fio de surpresa – quando nos concentramos na sua presença – com a mais elementar constatação do óbvio. A quase invisibilidade do design é um dos aspectos mais fascinantes do seu triunfo no nosso dia-a-dia. Ao envolver-nos, o design preserva a maior das discrições mas garante um novo tipo de bem-estar".
Sítio de grande qualidade, aconselha-se a acompanhar.
Segundo o seu coordenador Luís Carmelo, professor de semiótica e gestor do projecto ChiadoDesign: "Quando hoje em dia olhamos com atenção à nossa volta, não é difícil percebermos de imediato como o design se entranhou na nossa vida. Tudo, de facto, aparece incorporado e moldado pelo design: os jornais que lemos, as cadeiras em que nos sentamos, as imagens que pululam nos sites e outdoors, os sapatos com que andamos ou as malas e sacos onde guardamos as nossas coisas. O design resolve problemas, atrai a estética até ao nosso corpo e parece conferir ao mundo que nos rodeia, objecto a objecto, uma espécie de pulsação. Esta omnipresença do design tornou-se tão comum que acaba por misturar um fio de surpresa – quando nos concentramos na sua presença – com a mais elementar constatação do óbvio. A quase invisibilidade do design é um dos aspectos mais fascinantes do seu triunfo no nosso dia-a-dia. Ao envolver-nos, o design preserva a maior das discrições mas garante um novo tipo de bem-estar".
Sítio de grande qualidade, aconselha-se a acompanhar.
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