quarta-feira, 6 de julho de 2005

UZO - UMA NOVA EMPRESA DE CELULARES?

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À primeira vista, parece uma nova empresa de telemóveis, a fazer concorrência à TMN, Vodafone e Optimus. Tem um nome que ameaça contribuir para mais um erro de português: não sei se se vai passar a grafar uso com z para dar uzo [uzo muito, pago pouco, lê-se no slogan, e uzo descomplicado como mensagem principal], do mesmo modo que, a partir do nascimento da banda rock Xutos e Pontapés, a palavra chuto tem tido a concorrência da iniciada com x.

Afinal, trata-se de uma marca da TMN, mas sem qualquer alusão à empresa, como também fez a Optimus (Sonaecom), que lançou a Rede4. Com estas marcas, as empresas oferecem planos de tarifários mais baixos, orientados em especial para quem usa o celular apenas para falar e enviar SMS. rede4.JPGEsta estratégia de esconder a identidade pode ter duas leituras: 1) multiplicação de marcas empresariais, como a Unilever faz, por exemplo, havendo fidelização à marca e não à empresa; 2) cansaço da imagem da empresa, e perda de volume de negócios, o que leva a essa camuflagem. Qualquer das opções é igualmente aplicável (e deve ter sido equacionada, com igual rigor e risco) [imagem da rede4 colocada às 21:03]. Por seu lado, a Vodafone, que também lançou um produto semelhante, optou por manter a identidade corporativa. Como se lia no Público da passada sexta-feira, citando um responsável desta última empresa: "É uma oferta com total transparência, sem subterfúgios. Deixamos claro que são dois planos tarifários da Vodafone".

Em tempos de dificuldades financeiras, há empresas que são inovadoras. Como a do banco (Santander) que eu referi há dias. Olhando melhor para o anúncio - um negócio da China -, constatei que a distinção residia simplesmente no nome da taxa de juro. O banco chamou-o de China como poderia ter designado de outro modo. Claro que a China está na moda: primeiro, os seus produtos, mais baratos do que noutras paragens, vieram para cá e as fábricas deslocalizam-se para lá; agora, são os produtos e os usos ocidentais a chegarem ali, como se lia no Público de hoje, mostrando um senhor musculado a treinar num ginásio.

A publicidade entrecruza-se com o mosaico das notícias, venham elas na imprensa, na televisão ou na internet. A única dificuldade é a nossa capacidade de apreensão e memorização do que acontece: nas notícias como nas marcas de celulares.

2 comentários:

Anónimo disse...

De salientar que a Vodafone foi pioneira nesta ideia quando lançou a marca Yorn.

Rogério Santos disse...

Obrigado pela achega.