JOSÉ NUNO MARTINS
Como ando com as leituras dos jornais em atraso, só agora li o texto de Adelino Gomes, editado na Pública de ontem, sobre José Nuno Martins. Eu, que fui um ouvinte atento de programas dele, em especial Os cantores do rádio, não posso deixar de anotar e saudar aqui no blogue o texto do jornalista sobre o realizador de programas de rádio.
Recordo com muita alegria a música que servia de introdução a Os cantores do rádio, de Chico Buarque da Holanda. Em português de Portugal, os cantores cantam na rádio, o meio de comunicação, servindo o artigo masculino para designar o aparelho de recepção [ou telefonia, como é vulgar dizer-se em Lisboa], ao passo que, no português do Brasil, o masculino designa também o meio. Já não tenho a certeza, mas o programa era emitido à hora de almoço de um dos dias do fim-de-semana. Chico Buarque, Toquinho, Maria Betânia, Gilberto Gil e Gal Costa emparelhavam com outros músicos mais populares e regionais. Havia sempre uma grande animação naquele programa, além de música constantemente renovada, bem apresentada e enquadrada.
José Nuno Martins também passou por outro programa de culto (pelo menos para mim), o Em Órbita, entre os anos 1960 e 1970. Mas não me lembro tão bem dele como o Cândido Mota ou o Júlio Isidro. E ainda João David Nunes, por exemplo, de quem José Nuno Martins era amigo desde o liceu, leio agora no texto da Pública. Ora, o radialista regressou este Verão à rádio, à Antena 1. Chorou, escreve Adelino Gomes, depois de década e meio a fazer outros trabalhos, nomeadamente no vídeo. E vai começar um programa de música brasileira na nova grelha da estação pública. É o regresso da magia radiofónica.
Sem comentários:
Enviar um comentário