MOVIMENTO PARAOLÍMPICO
Como sabem, estão a decorrer na Grécia, os Jogos Paraolímpicos. A primeira medalha de prata por um nacional foi ganha ontem, na prova de dez mil metros, por Carlos Ferreira, um cego total. Todos os portugueses ficaram contentes com esta magnífica prestação nacional [esperemos que mais medalhas sejam conquistadas], atendendo às dificuldades específicas dos atletas em competição.
A campanha publicitária é, a meu ver, muito bonita, como esta imagem o ilustra (fotografia de Kenton Tatcher e apoio do banco Totta para a Federação Portuguesa de Desporto para Deficientes). Assente sobre uma coluna, a atleta lança o dardo, numa pose que lembra as imagens gregas da cultura clássica.
A escolha do tema, já há dias sugerido pela Patrícia Santos, é uma (também, e ainda que pequena) homenagem a António Silva, o blogueiro de A Minha Rádio. Depois de longos meses de contactos por meio da internet e dos blogues, fui conhecer o António à Faculdade de Letras do Porto (a minha primeira casa de aprendizagem universitária, se bem que noutro edifício), na passada sexta-feira. Em quase duas horas de amena e amiga conversa, ele explicou-me como trabalha o blogue e como editou as minhas imagens, numa altura em que eu ainda não possuía a destreza tecnológica para o fazer. Ao António basta um teclado igual ao meu e um sintetizador de voz para publicar as mensagens e colocar as imagens (o monitor e o rato, embora presentes, são prescindíveis). Custou-me, inicialmente, a entender o português com sotaque brasileiro que o software acoplado ao seu computador produz. Mas, depois, habituei-me a ouvir essa voz mecânica.
Um muito obrigado, António - extensível à Maria João, que também conheci -, pelo que aprendi nessa deslocação à minha velha faculdade de letras. Claro que não fiquei frustrado por ter ido aí. Pelo contrário, saí muito contente, senti-me maravilhado ao perceber que a maior adversidade não pode ser obstáculo à realização pessoal. Apenas obriga a maior esforço e preserverança. Registo, e espero que não leve a mal a minha inconfidência sobre o que me disse, a sua saudade em ler um livro em papel, de o folhear. Sabe, António, eu também não gosto de ler os jornais na internet. Prefiro a leitura aleatória em vez de sequencial, como me contou - eu, que nunca pensara nesses tipos de leituras e nas suas diferenças.
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