A campanha publicitária é, a meu ver, muito bonita, como esta imagem o ilustra (fotografia de Kenton Tatcher e apoio do banco Totta para a Federação Portuguesa de Desporto para Deficientes). Assente sobre uma coluna, a atleta lança o dardo, numa pose que lembra as imagens gregas da cultura clássica.
A escolha do tema, já há dias sugerido pela Patrícia Santos, é uma (também, e ainda que pequena) homenagem a António Silva, o blogueiro de A Minha Rádio. Depois de longos meses de contactos por meio da internet e dos blogues, fui conhecer o António à Faculdade de Letras do Porto (a minha primeira casa de aprendizagem universitária, se bem que noutro edifício), na passada sexta-feira. Em quase duas horas de amena e amiga conversa, ele explicou-me como trabalha o blogue e como editou as minhas imagens, numa altura em que eu ainda não possuía a destreza tecnológica para o fazer. Ao António basta um teclado igual ao meu e um sintetizador de voz para publicar as mensagens e colocar as imagens (o monitor e o rato, embora presentes, são prescindíveis). Custou-me, inicialmente, a entender o português com sotaque brasileiro que o software acoplado ao seu computador produz. Mas, depois, habituei-me a ouvir essa voz mecânica.
Um muito obrigado, António - extensível à Maria João, que também conheci -, pelo que aprendi nessa deslocação à minha velha faculdade de letras. Claro que não fiquei frustrado por ter ido aí. Pelo contrário, saí muito contente, senti-me maravilhado ao perceber que a maior adversidade não pode ser obstáculo à realização pessoal. Apenas obriga a maior esforço e preserverança. Registo, e espero que não leve a mal a minha inconfidência sobre o que me disse, a sua saudade em ler um livro em papel, de o folhear. Sabe, António, eu também não gosto de ler os jornais na internet. Prefiro a leitura aleatória em vez de sequencial, como me contou - eu, que nunca pensara nesses tipos de leituras e nas suas diferenças.
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