Há dias (23 de Setembro), escrevi sobre o shopping Brasília, no Porto. Já não ia ao centro comercial há bastantes anos, e fiquei preocupado com o estado de degradação: muitas lojas encerradas, o mesmo acontecendo com o cinema. Mas descobri uma lojinha, chamada Mundo Fantasma, no fundo de um corredor, onde ninguém quase passa, mas local em que se podem comprar livros de banda desenhada, incluindo a japonesa (manga), em traduções inglesas.
Esta minha descoberta vem invalidar a opinião que formulei aqui no blogue, da última vez que escrevi sobre mangas (julgara ser possível só adquirir mangas em francês, resultado de uma pesquisa na FNAC). Afinal, o universo é mais alargado.
A cultura da loja das mangas
Mas pormenor quiçá mais interessante - e para mim foi-o - é o do aspecto da loja (não a fotografei e fiquei arrependido) quer na montra quer no seu interior. A loja Mundo Fantasma é um microcosmos específico e peculiar. A área da frente tem estantes de livros de banda desenhada, entre as quais as mangas. Mas tem uma área mais reservada, onde se podem jogar as cartas de Magic the gathering, com personagens enfeitiçadas e terrenas ou criaturas besta (as imagens seguintes fazem parte desse jogo) e onde se expõem e vendem miniaturas (bonecos) Dungeons and Dragons e Tolkien, universo que remete para a internet, os jogos de computador e as bandas desenhadas, com mostruários onde se montam tais miniaturas. Há, assim, uma interpenetação cultural de várias indústrias culturais, mais desenvolvidas no universo nipónico.
![magic01.jpg](http://industriasculturais.blogs.sapo.pt/arquivo/magic01.jpg)
![magic02.jpg](http://industriasculturais.blogs.sapo.pt/arquivo/magic02.jpg)
![magic03.jpg](http://industriasculturais.blogs.sapo.pt/arquivo/magic03.jpg)
Observação: agradeço aos irmãos Daniel e João Ribas pela ajuda na concatenação desta mensagem, com o seu entusiasmo e conhecimento sobre a matéria, durante um memorável serão num pequeno café na praia de Matosinhos (local onde decorria uma festa de aniversário de pessoas que não conhecíamos mas que nos ofertaram com uma fatia de bolo).
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