MEMÓRIAS DE PAMPLONA
Praça Castillo, edifício do Diario de Navarra, sala do teatro Gayarre e lojas do centro histórico de Pamplona (Espanha), à noite e à margem do congresso de comunicação, que decorreu naquela cidade em 11 e 12 de Novembro último.
O que há de comum entre estas imagens? O lado cedo-nocturno (excepto o teatro), com as luzes iluminando o barroco dos espaços. Mas distinguem-se a praça - local de encontro e de passagem para as tertúlias no café - e as lojas - cujas montras nos remetem para o interior. Estas são pequenas lojas de bens (frutaria, livraria, mercearia fina) da mesma zona antiga da praça.
Como noutras cidades espanholas, a praça Castillo é um centro onde (quase) tudo converge: pessoas, comércio, lazer, animação. É uma parte muito nobre de Pamplona, com as suas arcadas, um ou dois hotéis, alguns cafés [o ano passado, por esta altura, a praça estava em obras, por causa da construção de um parque subterrâneo de automóveis].
Nas lojas destaco as janelas (montras), que os modernos supermercados já anularam. A janela é o local em que o potencial consumidor pára para observar. Ou, como escreve Rachel Bowlby (2000: 69): as janelas contemporâneas têm uma virtude, a da coincidência da natureza, progresso e estética com a felicidade. E, mais à frente no mesmo texto, a autora fala da criação de uma atmosfera de exclusividade da montra, embora sem perder de vista os valores de venda.
Leitura: Rachel Bowlby (2000). Carried away. The invention of modern shopping. Londres: Faber and Faber
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