Allen J. Scott, no seu mais recente livro, Hollywwod (2005: 36-41), defende dois tipos de organização empresarial no cinema, como escrevi no dia 9 deste mês: a) system house, definido como unidades de produção em larga escala e que fornece um número limitado de produtos extremamente variados e complexos, b) especialização flexível, referente a pequenas unidades de produção focadas numa parcela estreita de actividades (caso da produção de filmes independentes, design de vestuário, edição de filmes). Mas, mais à frente, ele advoga um terceiro tipo de empresa, que constitui um círculo intermediário entre as subsidiárias das majors e as independentes aliadas às mesmas majors (Scott, 2005: 47).

Assim, existem elementos dos seguintes itens: produtoras, produtores [o feminino para empresas, o masculino para profissionais], chefes de produção, assistentes de produção, secretárias de produção, distribuidoras, realizadores de cinema, primeiros assistentes, segundos assistentes, anotadoras, directores de fotografia, operadores de imagem, operador, assistentes de imagem, chefes electricistas, chefes maquinistas, grupistas, som e assistentes de som. Mas também decoradores, assistentes de decoração, cenógrafos, aderecistas, construção, guarda-roupa, assistentes de guarda-roupa, costureiras, aluguer de guarda-roupa, cabeleireiras, cabeleireiras e postiços, maquilhadoras, efeitos especiais, montadores, assistentes de montagem, músicos, produtoras de animação, realizadores de filmes de animação, animadores, operadores, laboratórios,


Claro que não se consegue reconstituir a sociologia ou a economia geográfica da cinematografia portuguesa como faz Allen J. Scott a Hollywood. Mas podemos fazer um apanhado do número de profissionais e sua localização geográfica para percepcionarmos a realidade portuguesa. No Guia, há 18 produtores, 93 realizadores, 3 cenógrafos, 137 actrizes e 13 agências de figuração e actores, entre muitas outras profissões e actividades.
Leitura: Manuel Costa e Silva (dir.) (1993). Guia profissional do audiovisual. Cinema, televisão, vídeo, 1993-1994. Lisboa: D. Quixote e Instituto Português do Cinema
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