LEITURAS DE HOJE
Dan Gillmor e Nós, os media
No Público, no caderno "Mil folhas", o tema de capa é a não perder. Escrito por António Granado, a análise e a entrevista a Dan Gillmor, o autor de Nós, os media, recentemente saido entre nós nos livros da Editorial Presença [já comprei o livro mas ainda não tive tempo de o espreitar]. Jornalista de tecnologia, o autor tem-se dedicado ao jornalismo de base (grassroots journalism), combinando "os melhores princípios e práticas do jornalismo tradicional com a energia e conhecimento que as pessoas possuem nestes movimentos de base" (da entrevista do autor ao jornalista, p. 6).
Publicado em 2004 nos Estados Unidos, e ainda só traduzido em português (no Japão e na Coreia sê-lo-á na Primavera), Gillmor observa as alterações que se estão a verificar no jornalismo, nomeadamente com o crescimento dos blogues, em que os cidadãos "querem ir mais longe que os media tradicionais e elaboram as suas próprias notícias, fazem as suas próprias investigações, mantêm os jornalistas tradicionais debaixo de olho, controlando o que escrevem, assinalando cada imprecisão".
Super Bowl - como as marcas procuram ter bom comportamento tendo em vista a final do campeonato de futebol americano
No ano passado, a história do mamilo descoberto de Janet Jackson, no intervalo do Super Bowl, desafio transmitido pela CBS, causou escândalo. Em 2005, nem pensar em arranjar novas polémicas.
De tal modo que - como escreve Laurence Girard no Le Monde - a cervejeira Anheuser-Bush retirou um anúncio humorístico, que seria emitido amanhã domingo por poder levantar alguma controvérsia. A agência da marca de cervejas, DDB Worlwide, pensara voltar à história de Jackson, no momento em que a Anheuser-Bush lança uma nova bebida, a BE, destinada a um público-alvo masculino e feminino entre os 21 e os 27 anos. No anúncio, um homem segura uma cerveja com a mão e procura abri-la socorrendo-se de um vestido, que acaba por rasgar.
A decisão de retirar o anúncio permitirá à Anheuser-Bush manter-se como um dos principais anunciantes da noite da final da Super Bowl. Com grandes vantagens: é que, nessa noite, 145 milhões de espectadores estarão diante da televisão, uma audiência quase insuperável de atingir. Para além da Anheuser-Bush, contam-se marcas como a Pepsi-Cola, os sítios de música em linha iTunes e Napster e a McDonald, pagando 2,4 milhões de dólares por spots de 30 segundos no programa este ano transmitido pela Fox. O custo elevado será compensado pelo boca a orelha ou marketing viral, a expressão dos especialistas para definirem o impacto de tal exposição publicitária.
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