LANÇADO LIVRO DE RITA FIGUEIRAS
[ontem à noite, não foi possível completar o post, pois esteve muito difícil colocar mensagens na Blogger.com]
Os comentadores e os media. Os autores das colunas de opinião, de Rita Figueiras, teve ontem a sua apresentação. Inicialmente tese de mestrado da autora, a sua publicação vem apoiar imenso a área sobre a qual escreve. Os jornais (e ainda a televisão e a rádio) têm um corpo crescente de comentadores, nomeadamente políticos, que fazem opinião e procuram influenciar a condução dos negócios políticos a partir dessas perspectivas. Estes comentadores, ou opinion-makers, como designou Figueiras, são "actores privilegiados (com acesso directo aos media de projecção nacional, para expor a sua argumentação)" (p. 57). A autora estudou (análise de conteúdo) o espaço Opinião em seis jornais de referência entre 1980 e 1999: Diário de Notícias, A Capital, Público, Expresso, Semanário e Independente. Temática que, aliás, ela continua a estudar no seu trabalho de preparação do doutoramento.
Apresentação do livro
Como eu escrevera há dias, a cerimónia de apresentação do livro decorreu na biblioteca da Universidade Católica Portuguesa (UCP). Conforme se pode observar na imagem, Manuel Braga da Cruz, reitor da universidade, foi o primeiro a referir-se ao livro e, em especial à autora, que fez parte do primeiro curso da licenciatura de Comunicação daquela universidade [na imagem, e da esquerda para a direita: Isabel Ferin, professora da Universidade de Coimbra, Rita Figueiras, Manuel Braga da Cruz e Rogério de Moura, o editor dos Livros Horizonte].
A apresentação científica do livro coube a Isabel Ferin, antiga professora da UCP e orientadora da tese de mestrado de Rita Figueiras, pelo que falou com muita propriedade do trabalho agora tornado público. Num texto sintético, Ferin destacou o apreço da autora, desde cedo na licenciatura, pelo tema, e pela necessidade de estudar o espaço de opinião na dupla vertente de espaço jornalístico e de secção temática. Frisou mesmo que o espaço de opinião é um valor simbólico de estar na democracia (o que é um modo diferente do que eu referi acima). Rita Figueiras, na sua obra, acentuaria o peso do chamado opinion-infotainment [informação leve de opinião], que se autonomizaria. E Ferin lembrou o peso, hoje, de programas como o televisivo Contra-informação ou destacáveis como o Inimigo Público (Público), onde essa opinião é dada de modo mais leve e com diversão. Se quisermos, um olhar simultaneamente cínico e humorado sobre a política e os modos de a fazer.
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