quinta-feira, 31 de março de 2005

MARIA KEIL ILUSTRADORA

keil3.jpgFoi sob este tema que a Biblioteca Nacional fez uma mostra bibliográfica da ilustradora Maria Keil, entre Setembro e Novembro do ano passado. Ocupado com as aulas, deixei passar a exposição; só agora me foi possível adquirir o catálogo (€5) e ficar com dobrada pena de não ter visto a mostra.

O catálogo é pequeno, lê-se em menos de uma hora. As reproduções das imagens, que ilustraram livros, merecem muita atenção. Há um traço fino e elegante, por exemplo na publicidade que fez para as cintas Pompadour. Além disso, o desenho envolve-se ou é envolvido por figuras geométricas ou circulares, nas ilustrações de livros para crianças, que dão uma sensação próxima do movimento e da alegria.

Aliás, é o que se conta da vida de Maria Keil, do marido Francisco Keil do Amaral e do filho (com o mesmo nome, mas conhecido por Pitum, também reconhecido mediaticamente num programa de televisão). Nas férias grandes, conta Raúl Hestnes Ferreira no catálogo, davam curso à imaginação e divertiam-se. Faziam fantoches, vestiam-se de reis, rainhas, princesas, dançarinas e outras figuras em cenários improvisados de representação. José Gomes Ferreira, Fernando Lopes Graça e Bento de Jesus Caraça contavam-se entre os convidados.


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Arquitecto, Francisco Keil do Amaral ficou conhecido no país por ter ganho o concurso para o pavilhão de Portugal na Exposição Universal de Paris (1937). Maria Keil, "pintora, desenhadora, ilustradora, decoradora de interiores, designer gráfica e de mobiliário, ceramista, cenógrafa e figurinista, autora de cartões para tapeçaria e, sobretudo, para composições azulejares [...], firmou-se, há muito, como uma das referências obrigatórias da criação plástica portuguesa" (Rui Afonso Santos, no mesmo catálogo, p. 7).

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