UMA ANÁLISE COMPARADA DE JORNAIS PORTUGUESES E BRASILEIROS
Jornais brasileiros e portugueses - análise comparada do processo de produção de notícias, eis o título da tese de mestrado defendida hoje por Juliana Iorio, na Universidade Católica. O objectivo principal do trabalho foi encontrar diferenças e apontar semelhanças no processo de produção de notícias em quatro jornais, dois de cada lado do Atlântico: Diário de Notícias e Público, O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo. Ela trabalhou esse processo a partir de conceitos como produção (newsmaking), selecção de notícias (gatekeeping), definição de agenda ou pauta (agenda-setting) e enquadramento (framework).
Quanto a trabalho empírico, Juliana Iorio observou a reunião de redacção da manhã, onde os editores preparam o trabalho para esse dia, nos quatro jornais, em Lisboa e em São Paulo. Usou também um questionário dirigido a directores e editores e fez entrevistas em profundidade com os editores das secções de nacional e internacional, áreas onde se produzem normalmente as notícias sobre Portugal e Brasil.
Apesar de partir da hipótese que o processo de produção de notícias seria distinto nos dois países, dadas as diferenças culturais (e mesmo linguísticas) que ela nota entre o seu e o nosso país, concluiu que, afinal, os critérios de selecção e edição são semelhantes. Daí definir-se uma cultura jornalística universal.
O arguente da tese foi Pedro Jorge de Sousa, da Universidade Fernando Pessoa (Porto), que fez uma pertinente leitura do trabalho presente, assinalando pontos fortes e debilidades. A nova mestre mostrou a sua intenção de prosseguir o estudo no doutoramento.
Conferência
No dia 19, pelas 18:30, na Universidade Católica, sob o tema modernidade(s) e cruzamento de saberes. Conferencistas: Jorge Fazenda Lourenço, Carlos Morujão, Ana Paula Rias, Rita Figueiras e Isabel Vieira. Moderadora: Isabel Gil.
2 comentários:
Parabéns à Juliana e ao orientador. Por motivos particulares não pude estar presente, mas fico com curiosidade para ler o manuscrito ou a obra impressa. Um abraço a ambos.
Gonçalo Pereira
Obrigada Gonçalo!
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