sexta-feira, 15 de julho de 2005

A GUERRA DOS MUNDOS

Leio com prazer o que Nuno Galopim escreve no DNA de hoje (Diário de Notícias) sobre o filme de Spielberg. Começa o texto assim: "Steven Spielberg optou sempre pela diplomacia, curiosidade científica e desejo de comunicar". Quem viu, por exemplo, Encontros imediatos de terceiro grau (1975) e E.T.: O Extra Terrestre (1982) lembra-se dessa curiosidade e simpatia recíproca entre visitantes e terrestres. Agora, e seguindo o livro de Wells, os extra-terrestres de A guerra dos mundos são assassinos implacáveis.

wells1.jpgwells3.jpg

wells2.jpgDezenas de filmes, discos e romances depois, Spielberg mostra-nos a história de gente comum, aterrorizada, sem solução prevista. A sorte, porém, estava nos micro-organismos, com quem nós vamos estabelecendo relações mais ou menos amigáveis ao longo da vida (debelando doenças ou controlando epidemias), e que atacaram esses visitantes não desejados pelos terrestres.

[imagens retiradas do jornal de hoje]

4 comentários:

Anónimo disse...

Pois lá chega a estraga-festas:

Admite-se, Steven, que faças correr uma criança/menina de 10 anos sem uma sequer sopinha de cenoura, tantos medos tanta lucidez tanto leme pradultos parvos
que nem sabem duma alergia (manteig amendoim) e sais-me com um patético happy-end familiar?

Ai ´Steven, tu com os Tripods e eu cá com os velhos tripés - já tivémos melhores dias, né?


E o teu primo que "inventou" o orgasmatron prà mulher - que tu andas a comer, tststst - Não sabe também que nos Estados Unidos da Europa existe um prettycountry onde as mulheres usam as cenouras c/rama, note-se, pró mesmo efeito, ai ai, só ouvi comentar quem sou eu pratestar tais veracidades - e, depois de bem lavadas e raspadas, as ditas, fazem um belo cocktail de betacaroteno prá meninadosolhos,
Bha, I Can?t speak english, so I don?nt wait an answer, pal;)
Mas olha que desde k a Nicole deixou de dar sopa ao Tom, o puto
anda memo f*****!

ISABEL Mar disse...

Vi o filme sem ler a crítica! Tal como eu pensava... Clichés, estereótipos, estruturas narrativas tão básicas, erros diegéticos tão graves... Enfim, um filme medíocre na minha humilde opinião. Lembro-me do suspense de ET há... ui, já lá vão tantos anos, e de como pensei que Spielberg poderia ser um dos realizadores capazes de construir magia, uma das essências básicas do cinema, e penso que conseguiu em IA -Inteligência Artificial, (a minha filha adolescente chorou baba e ranho); neste, ela riu-se em momentos de óbvio suspense e comentava com a humildade natural da inocência da sua idade "Mamã, eu não percebo nada de cinema, mas parece-me que o filme não está muito bem feito, pois não? Já se passaram dias??? Não tinha percebido! Ele deixa a filha pequena sozinha a chorar em pânico?"

Anónimo disse...

Ok, concordo que este filme tem algumas falhas. Contudo é preciso não esquecer da difícil tarefa que Steven Spielberg tinha à sua frente. Um remake é sempre complicado, seja qual for o filme em questão.
Gosto muito de filmes de ficção científica, assim como filmes de terror. A guerra dos mundos não pretende ser de terror. Pretende mostrar um cenário de destruição e um ambiente de pânico... É preciso dar o seu valor aos cenários construídos prepositadamente para este filme cujo orçamento rondou os 200 milhões de dolares! Tom Cruise não desempenhou um papel brilhante mas na minha opinião é complicado, seja para que actor for, transpôr um brilhantismo único, neste tipo de filmes.
Vi, gostei, e não me arrependo nada do dinheiro que gastei na sessão. Obviamente irei arranjar o DVD, apesar de todas as críticas que já li cuja avaliação global não ter passado do simples "medíocre" ou "razoável".
Não sejamos tão "duros" nas críticas, pois imagino que durante as filmagens perante tanta confusão tenha falhado um ou outro pormenor!
Na minha análise geral - longe de ser genial - considero o filme bastante bom!
Os meus cumprimentos a todos!

Carlos Sampaio disse...

Estrondosa Guerra dos Mundos

Este filme é um estrondo. Efeitos especiais estrondosos. Infelizmente, no final, pouco mais nos fica na memória do que os estrondos.

Aspectos técnicos. Na altura em que o romance original foi escrito, talvez a substituição da bobina de ignição fosse suficiente para pôr um automóvel a andar depois da intensa radiação. Hoje não é assim, muito longe mesmo. A mesma dúvida para a coerência da presença da máquina de filmar, estranhamente sobrevivente.

Enredo de suporte. Pobre e “déjà vu”. Não restam dúvidas de que o divórcio é para eles sinónimo de vida caótica e para elas, após segundo casamento, garantia de progressão social fulgurante.

Desenvolvimento. Superficial. Personagens estáticas, caracterizadas em poucos minutos e sempre iguais até ao fim. Profundidade nula. Histórias paralelas ou cruzadas inexistentes.

Para a memória. Só a frase do condutor de ambulâncias que diz que os sinistrados sobreviventes são os que mantêm os olhos abertos a caminho dos hospital. Infelizmente, para ele, a coisa correu mal quando se recusou a ficar quieto.

Anedota final. O soldado que sumariamente espreita para o bicho moribundo e que, com profunda sabedoria, garante que já não há perigo. Um verdadeiro e iluminado herói.