LIVROS DE BOLSO E NOVAS TENDÊNCIAS
Vem hoje no caderno "Babelia" do El Pais, uma entrevista com Peter Mayer, já a caminho dos 70 anos, livreiro de livros de bolso. Para ele, é "necessário alimentar o catálogo de um fundo editorial com títulos chamativos e comerciais que aproximem da editora as pessoas que [habitualmente] não lêem".
Quando o entrevistador Andrés Padilla lhe perguntou se livros para mulheres jovens como O diário de Bridget Jones enquanto novo filão para os livros de bolso significa que o mercado está sexualizado, Mayer respondeu moderadamente. Para ele, "Por vezes, aparecem um ou mais livros que anunciam algo que está no ar, uma tendência, uma certa disposição. Logo aparecem as cópias e produz-se uma inundação que alcança um certo nível e acaba aí". O diário de Bridget Jones surgiu porque falava directamente com muitas mulheres que vivem nas grandes cidades e se identificaram com o tema. Mas o movimento seguinte, o das cópias desse sucesso, revelaram que o mundo literário é um mundo comercial como outro qualquer, em que o livro surge como mercadoria.
Um outro tema abordado na entrevista foi o do mercado do livro áudio, fenómeno que está a ter algum sucesso nos Estados Unidos e no Reino Unido, em especial em obras de grande dimensão como a Ilíada.
Afinal, o livro de bolso é uma companhia de Verão e o dia e o fim-de-semana prometem!
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