domingo, 28 de agosto de 2005

RÁDIOS DAS COMUNIDADES EM FRANÇA

Diz o da esquerda: "Fiz uma volta pela Europa das rádios e parece-me que há mesmo uma excepção cultural francesa". Pergunta o amigo: "Vais-me dizer que somos os únicos a ter uma paisagem cultural muito variada"? Responde o primeiro: "Não... Somos os únicos a ter o Johnny Halliday" (Le Monde de hoje, caderno "Radio-Télévision", p. 4) [elementos para melhor percepção do conteúdo: 1) excepção cultural é a recusa francesa de liberalização ou abertura total dos mercados dos serviços audiovisuais (cinema, rádio, televisão) ou dos serviços relacionados com bibliotecas, arquivos e museus, temendo em especial a força do mercado norte-americano; 2) Johnny Halliday é um cantor pop francês que vem dos anos 1960].

O cartoon vem a propósito de uma série de artigos que o Le Monde tem publicado sobre as rádios de comunidades estrangeiras instaladas em França. O destaque do texto de hoje é sobre as rádios das comunidades europeias. Diz o artigo escrito por Catherine Simon: "Curiosamente, e ao contrário das rádios das comunidades magrebinas e judias, há poucas rádios destinadas às populações vindas das migrações intereuropeias. Enquanto os magrebinos têm três redes (Radio Orient, Beur FM e Radio Soleil) e dispõem [...] de uma dezena de frequências em Paris e na província, as rádios italianas e portuguesas contam-se pelos dedos das mãos". Os portugueses podem captar estações na sua língua em Paris (Rádio Alfa), Clermont-Ferrand (Rádio Altitude) e uma antena em Tours.

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