RETALHOS DA "Y"
Retiro umas frases da "Y", a revista das sextas-feiras do Público, como se fosse o meu sampling de hoje.
Sobre cinema, diz João Mário Grilo: "A estabilidade do mercado mundial, e não apenas norte-americano, está dependente dos «blockbusters» porque as pessoas já não sabem o que hão-de pedir ao cinema: se mais histórias, se mais espectáculo, se mais efeitos. Se estas quiserem renovar os seus gostos não sabem como fazê-lo, porque aquilo formata as pessoas".
De Clint Eastwood, entrevistado a propósito do seu filme Million dollar baby, o filme do ano para a "Y": "Retirei a cor, especialmente para o terceiro acto, quando vamos para o hospital, as paredes brancas, os lençóis, a nudez. Queria um «look» dos anos 40. Disse ao responsável pelo guarda-roupa: «Vamos filmar isto como se fosse a preto-e-branco, não quero O feiticeiro de Oz - quero que a cor seja imperceptível»".
Com assinatura de Kathleen Gomes, no texto "Mostra-me o teu iPod, dir-te-ei quem és": "O impacto social do iPod tem sido uma das questões mais debatidas: como ele está a pôr em risco a sociabilidade e a transformar os seus utilizadores em «ilhas» - um pouco como os telemóveis, quando apareceram".
Eis uma edição a guardar até o papel amarelecer! É que está lá tudo, desde o Saraband (Ingmar Bergman) a De tanto bater o meu coração parou (Jacques Audiard), mais o Eastwood e uma imagem de Naomi Watts, no King Kong. E, apesar da pena de não ter assistido ao concerto dos Franz Ferdinand, há ainda linhas da publicação sobre os blogues, em escrito de Vítor Belanciano: "A música não vive sem tecnologia e vice-versa. Servem de farol uma à outra. Nos dois últimos anos foi nos blogues de música e na Net em geral (comunidades virtuais, troca de informação através de mensagens ou programas de NetRádio) que ocorreram factos relevantes. É verdade que a validação ainda acontece nos media tradicionais, mas a eclosão de novos protagonistas desperta cada vez mais na Net".
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