quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006

DIÁRIO DE SOFIA

diariosofia1.jpg"O Diário de Sofia surge no panorama de entretenimento como um projecto inovador, concentrando em si várias formas de comunicação. Não se trata de mais um projecto televisivo, ou de mais um livro, mas de uma história que é veiculada através de vários meios de comunicação, sendo destinado a uma população adolescente", assim começa o trabalho dos alunos David Carronha e Inês Frade Análise de públicos do Diário de Sofia.

Os dois investigadores fizeram um inquérito em duas escolas, uma no centro de Lisboa e outra nos arredores da cidade, em indivíduos com idades compreendidas entre 12 e 16 anos e tendo como referência a última série transmitida pela RTP. Foram 102 inquéritos, com 59 respondidos por raparigas e 43 por rapazes. Se 68% das raparigas afirmou ver a série, apenas 19% dos rapazes admitiu vê-la. São os adolescentes com 14 anos os que mais acompanham a série.


diariosofia2.jpgdiariosofia3.jpg
Um elemento importante para a compreensão deste público é que grande parte não vê Diário de Sofia por razões de afectividade pelas personagens ou história. 25% acompanha a série por outros motivos, incluindo a "falta de opção", já que à hora de emissão os outros canais generalistas emitem os noticiários. 22% afirma ver a série motivada pela leitura dos livros Diário de Sofia. O primeiro contacto com a série é por acaso. Só poucos repararam em alguma publicidade.

Quando começou, em 2002, o Diário de Sofia era apenas um sítio da internet, actualizado diariamente, onde se relatava o dia a dia da jovem Sofia. Foi o sucesso do sítio que deu origem aos livros e, depois, à série televisiva. Uma das novidades da série na televisão foi a interactividade com o público, de modo directo: todos os dias, a Sofia tem um dilema a resolver. Isto embora os inquiridos achem que têm pouca influência na decisão dos destinos da rapariga. E os que participam são poucos: 31%.

Sofia [interpretada pela actriz Marta Gil] é a personagem mais popular (76% dos inquiridos), vindo depois Zeca (13%). As razões do reconhecimento de Sofia devem-se ao facto de ser a personagem principal, o seu gosto de ajudar os amigos e pela identificação pelos jovens em termos de problemas.

O programa na imprensa

A 9 de Outubro de 2005, o Diário de Notícias (em texto assinado por Mariana Gonçalves) dava conta da possibilidade do programa se alargar no estrangeiro. Até então, o programa passava em versão dobrada em Singapura, Malásia, Indonésia, Filipinas, Itália, Grécia, Áustria e Eslovénia. Outros países iam produzir uma versão local do programa. E a mesma peça jornalística referia o aumento de personagens na série, de modo a atrair mais público. Maior desempenho dos pais, da irmã mais nova, um namorado e um italiano que Sofia conheceu em Nova Iorque, durante um curso de teatro que ela frequentou, alargavam assim o leque de intervenientes.

Se o Diário de Sofia começou na internet, a partir de Fevereiro de 2003 estendeu-se à imprensa cor-de-rosa com a publicação de uma crónica mensal na Ragazza. Depois, em Novembro de 2003, o emprego de mensagens SMS ampliava os contactos entre série e espectadores. Já em começos de 2004, a Sofia aparecia em rubricas curtas na Antena 3.

diariosofia4.jpg
diariosofia5.jpg

Sem comentários: