SUCESSO DOS ROMANCES HISTÓRICOS EXPLICADO PELOS EDITORES
A notícia é do dia 29 de Janeiro e publicada pelo Diário Digital, com base em texto da Lusa. Parece que a ideia do sucesso se relaciona, em proporção inversa, com a auto-estima de um povo. Se esta é baixa, os leitores procuram "reviver as glórias do passado" nos romances históricos, género literário que alia informação factual e mistério.
Miguel Real, autor de A voz da Terra, romance editado pela Quidnovi e cuja acção decorre em Lisboa na época do terramoto (1755), "referiu que a apetência pelo romance histórico não é exclusiva a Portugal, mas uma tendência europeia". Existe uma procura da nostalgia do passado grandioso, e que cobre Portugal e outros países da Europa. E qual é o perfil dos leitores? Classe média, "sobretudo pessoas que procuram algum conhecimento que o liceu ou a universidade não lhe proporcionaram ou então querem ter a sensação de recriar momentos históricos» do seu país. O romance histórico «dá o prazer de ler que não encontram no ensaio», acrescenta o mesmo autor, também professor de filosofia e a fazer um doutoramento em Estudos Portugueses.
Um grande e recente sucesso é O Códex 632, de José Rodrigues dos Santos, jornalista da RTP, lançado no final de Outubro de 2005, e que aborda o mistério da identidade e missão de Cristóvão Colombo na altura dos descobrimentos portugueses. A obra, já na 15ª edição (75 mil exemplares vendidos), deverá ser publicada no Brasil. O sucesso deste livro sucede a um outro do mesmo autor, publicado em Novembro de 2004, A Filha do Capitão, sobre a participação portuguesa na I Guerra Mundial, o qual atingiu a 10ª edição (50 mil exemplares). Já publicado na Itália, deverá também sê-lo em breve na Alemanha e no Brasil.
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