PÚBLICOS DE TEATRO (II)
No passado dia 28, escrevi aqui sobre uma peça de teatro, remetendo para outra ocasião analisar um trabalho sobre o auditório Carlos Paredes, texto dos alunos Luciano Rodrigues e Paulo Ferreira.
Foram entrevistadas 100 pessoas (41 do género masculino e 59 do feminino), à entrada do espectáculo Sax, com 28% no nível etário 21-25 anos, 24% nos 26-30 anos e 12% entre os 31 e os 35 anos. 23% dos inquiridos são estudantes, o que torna, de longe a fatia mais representativa em termos de condição profissional, provindo a maioria dos frequentadores da região de Lisboa e de concelhos como Almada, Odivelas e Cascais.
O teatro ainda não fixou muito o seu público, com 66% dos inquiridos a afirmarem a primeira deslocação aquele local (16% afirmou ser a primeira vez que foi a um espectáculo teatral, querendo significar públicos liminares ou muito jovens). E o conhecimento da peça seria muito de passar a palavra, com pouca influência dos media na sua divulgação. Actores e produção, entre os elementos de apelo à ida ao teatro, e comédia e drama como géneros de preferência seriam outros dados relevantes deste trabalho.
Recorde-se que o auditório foi inaugurado em 1915 como Cine Clube de Benfica, "em cerimónia onde se gastaram 15.000 réis de bolos sortidos e garrafas de vinho fino". Na posse da Junta de Freguesia de Benfica desde 1990, a sala foi revitalizada e adaptada a espectáculos de distintas origens: teatro, dança, concertos. A reabertura ocorreu em Outubro de 1992. Dos sucessos que passaram recentemente por aquela sala realce-se as Conversas da treta, com José Pedro Gomes e António Feio.
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