sexta-feira, 18 de agosto de 2006

CARLOS LEONE

Na edição de hoje da "6ª", revista do Diário de Notícias, Carlos Leone é entrevistado por Pedro Mexia, a propósito da sua tese de doutoramento e publicação em livro. Confesso que, por estar a trabalhar noutras áreas, não acompanhei esta produção de Leone. A entrevista vem-me chamar a atenção para a saída do segundo volume de Portugal Extemporâneo. História das ideias do discurso crítico português no século XX (edição da Imprensa Nacional-Casa da Moeda).


Da entrevista, respigo duas ideias. Uma sobre a relação entre discurso crítico e jornalismo. Carlos Leone acha que a crítica, apesar de não ter morrido, perdeu relevância na sociedade. Até porque foi absorvida pelo marketing, que ocupou a função social da mediação no conhecimento das obras de arte e ideias. A segunda ideia liga-se aos blogues, que ele criticou numa dada altura, em especial devido aos comentários anónimos colocados nos textos de um blogue. Agora moderou a sua postura e considera que os blogues são um espaço de criação de liberdade em termos de crítica e de edição.

Recordo sempre o jovem organizador de textos quando, em 1999, bateu à minha porta e me convidou a escrever um capítulo de um livro por ele organizado. O livro saíu no ano seguinte com o título Rumo ao cibermundo? (edição da Celta) e colocou-me ao lado de autores importantes: Rui Bebiano, Hermínio Martins e Carlos Vidal. Foi a primeira vez que publiquei um texto sobre indústrias culturais.

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