quinta-feira, 10 de agosto de 2006

ESTUDOS DE AUDIÊNCIA

Com data do passado dia 7, Maria Fernanda Lima, do blogue A Nossa Rádio, escreveu sobre audiências de rádio (título: Estes estudos de audiência têm alguma validade???). A conclusão que tira é que o estudo de audiência trimestralmente feito pela Marktest "não dispõe de qualquer credibilidade científica ou técnica". Em causa, a defesa do serviço público de radiodifusão, o qual terá mais audiência que a indicada nos estudos da referida empresa. Pelo que inclui e pelo que se poderia ainda dizer, a mensagem deve ser lida.

De algumas intervenções a que assisti, por parte de responsáveis da Marktest, eles próprios sabem das limitações da forma como fazem a medição de audiências. Há um ponto fundamental: as empresas de radiodifusão não têm dinheiro para pagar um modo mais moderno de medir audiências, alargando a amostra e fazendo a medição diária. Na realidade, e como Maria Fernanda Lima destaca, o universo de ouvintes com telemóvel não é analisado nessa amostra. E, segundo ainda a empresa de audiências, para além da possível alteração de ranking das estações, poderia surgir outra surpresa: ouve-se mais rádio e vê-se menos televisão, o que reorientaria os investimentos publicitários.

Críticas semelhantes (ou outras) são colocadas pelos canais de televisão, incluindo os de cabo. Estes afirmam estar subavaliados na amostra. Mas, como não há outra ferramenta de análise, a colocação de programas nos variados horários faz-se seguindo os resultados dados pela Marktest. E esta é auditada regularmente por uma entidade independente escolhida pela CAEM (Comissão de Análise de Estudos dos Media), entidade que congrega estações de televisão e anunciantes.

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