Este é o título da primeira peça do destaque do Público de hoje, assinada por Lucinda Canelas. Peça que acaba do seguinte modo: "Em Setembro, o IPM [Instituto Português de Museus] reúne com o Turismo de Lisboa para apresentar propostas. A prioridade é a caracterização de públicos".
Título, final da peça e todo o conjunto do texto são de uma objectividade que desarma qualquer argumentação e que leva a fazer uma pergunta. O que anda a entidade responsável pelos museus a fazer: não conhece os seus públicos? Não sabe o impacto dos museus na economia do país?
Tudo muito estranho. Ainda bem que o jornal levanta estas questões!
1 comentário:
A memória da cultura portuguesa - que é o que os museus são - nunca foi muito bem tratada. Encerram-se museus importantes; as exposições nunca são bem divulgadas; os museus só estão abertos no horário de expediente (há excepções, mas são raras), como se alguém fosse faltar ao emprego para visitar um museu; alguns museus cobram entrada e esta é cara para famílias de rendimentos baixos; há guias nos museus que não recebem formação suficiente sobre as exposições.
Agora, a entidade responsável pelos museus não conhece os seus públicos? Pois não. Os museus não têm público. Agora vejam lá porquê.
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