30 DIAS
O número de Setembro do roteiro da câmara municipal de Oeiras tem como tema principal a entrevista a Luís Negrão, da Fundação Portuguesa de Cardiologia. Contudo, e para além de toda a programação cultural, retiro a história de Pedro Osório, na sua coluna habitual.
Escreve Pedro Osório sobre o "conjunto" dele (banda) no final dos anos 1950 e princípios dos anos 1960, que tocava em bailes quase todos os fins-de-semana: bailes de finalistas, de clubes sociais, de casamentos ricos, em arraiais. Um grupo de amigos acompanhava habitualmente a banda, ajudando a transportar os instrumentos e a montar e desmontar os mesmos, cobrar o cachet. Pedro Osório recorda os mais fiéis: Talau e Zé Seara.
Tinham uma outra função "secreta". Por vezes, a festa chegava às quatro ou cinco da manhã, com os músicos cansados a tocarem para meia dúzia de dançarinos. Os "assistentes" simulavam uma zaragata de bêbados, o que levava os presentes a uma debandada rápida. Quando a eficácia do sistema foi posta em causa, porque havia sempre quem conhecesse o truque, houve necessidade de apurar a estratégia. Esta consistia num candeeiro que, ligado, provocava um curto-circuito. Foi outra possibilidade de acabar mais cedo (ou menos tarde) a festa e os músicos receberem o dinheiro, arrumarem os instrumentos e seguirem para casa.
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