domingo, 24 de setembro de 2006

A NOVA REVOLUÇÃO DA INTERNET

Hoje, as edições do Diário de Notícias e Público oferecem variações interessantes sobre as novas ferramentas da internet, sinal da importância das novas potencialidades do meio electrónico.

No Diário de Notícias, Nuno Galopim, Tiago Pereira e Davide Pinheiro - que escrevem com muita assiduidade no suplemento "6ª" - debruçam-se sobre as potencialidades das compras online de música, filmes e jogos por download. Especialista em música, Galopim, no começo do seu texto, pergunta: "Música vendida (ou oferecida) directamente do criador ao consumidor, sem editora envolvida? Um canal de televisão inventado e gerido por nós mesmos"? Claro, o Youtube aparece destacado (uma página), mas também há muito espaço para a música (Arctic Monkeys, Clap Your Hand Say Yeah, Gnarls Barkley), o MySpace e os equipamentos de leitura.

De novo, Nuno Galopim, em coluna designada "O novo mundo", escreve: "A cada mês que passa, a impressão de que as estruturas convencionais da indústria discográfica estão por um fio torna-se mais evidente". O jornalista enumera os erros - peso estático da indústria perante a revolução digital, preços muito elevados, reedições, edições de lixo e problemas de pirataria. O caminho do futuro, ainda conforme o mesmo articulista, é a "correcta gestão entre a oferta de uns ficheiros e a venda de outros", através da internet.

E Galopim aponta o acordo, na semana que acabou ontem, entre a Warner a o Youtube (do problema dos direitos de autor à disponibilização de catálogos de vídeos de bandas), assunto central nas peças escritas por João Pedro Pereira, Pedro Ribeiro e Joana Gorjão Henriques, no Público. Aliás, o destaque deste jornal é mesmo "Youtube. Quando o pequeno ecrã é o do computador". E o lead é" Numa altura em que os conteúdos audiovisuais na internet começam a fazer concorrência à televisão, uma pequena empresa está à frente dos gigantes on-line".

O texto de abertura do destaque do jornal, de autoria de João Pedro Pereira, tem este princípio: "Partilham-se filmes caseiros, vídeos de música amadores, excertos de programas televisivos, imagens de pequenos e grandes eventos - basicamente tudo o que possa ser gravado e convertido em formato digital. O Youtube é o destino preferido dos cibernautas que procuram conteúdos audiovisuais e é um dos sites que mais cresceu em todo o mundo no último ano".

Na outra página do Público, vem uma referência que responsabiliza este blogueiro, o do uso do Youtube como ferramenta para a sala de aulas [clicar na imagem para aumentar a dimensão]. É uma ideia-compromisso em que estou envolvido, experiência que quero ver coroada de êxito.

2 comentários:

JPC disse...

Impressionante, a sincronia no agendamento dos temas de capa de ambos os diários...

Há dias o Prof. escrevia que era impressionante o Expresso ter-se vendido durante anos dentro de um saco opaco, sem que se lhe vislumbrasse a primeira-página - e é, de facto.

Mas, quando este domingo me dirigi ao quiosque, adivinhe o que comprei? O Expresso. Só pelo "prazer" da surpresa.

tope disse...

Aplaudo a iniciativa de utilizar novas tecnologias, nomeadamente a internet e o youtube, como forma de ensino dentro da própria sala de aula. Os alunos universitários de hoje-em-dia, ao terminarem a licenciatura, são "lançados" num mercado de trabalho englobado na sociedade de informação massiva em que vivemos. O facto de os próprios docentes se actualizarem em termos de métodos de ensino, e terem plena consciência de que modo os alunos vão ter que trabalhar quando ingressarem no mercado de trabalho, é importantíssimo para uma coerente preparação do recém-licenciado. Espero que os carinhosamente apelidados "professores oldschool" se mantenham actualizados relativamente aos métodos actuais, para bem dos seus alunos, de modo a que estes descubram logo na universidade ferramentas e métodos de trabalho que, de outro modo, só descobririam durante os primeiros contactos com o mercado de trabalho.

António Bettencourt