domingo, 8 de outubro de 2006

EVENTOS PARA A SEMANA QUE COMEÇA

Amanhã, pelas 18:30, no auditório da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), em organização conjunta com a revista Os Meus Livros, arrancam os debates Com todas as letras. Livros, autores e editores em debate. Na sessão de amanhã, dia 9, o tema é Novos autores: escrever, publicar e vencer, com um painel constituído por Rui Herbon (escritor), José Luís Peixoto (escritor), Sofia Monteiro (esfera dos livros) e Filipa Melo (jornalista e escritora). Para o debate, foram convidadas outras pessoas que, na plateia, analisarão fenómenos recentes. Por exemplo, o nascimento de novos autores no domínio dos blogues, passando, depois, os seus textos para livro.

De 11 a 15, decorre o 1º Encontro sobre o Livro e o Imaginário Infantil, na Biblioteca Municipal de Cascais, em São Domingos de Rana (Farol de Sonhos). E no dia 14, realiza-se a conferência sobre os 450 anos da fortificação de São Julião da Barra e 400 anos do naufrágio da nau Nossa Srª dos Mártires, na cisterna do Forte de São Julião da Barra (Oeiras).

Quanto a livros, há dois lançamentos organizados para o dia 12. O primeiro é editado pela Editora da Universidade Católica, volume coordenado por Isabel Gil e Roberto Carneiro, num conjunto de conferências realizadas naquela universidade, e que tem o título Modernidade e cruzamento de saberes. Figuras da modernidade. As figuras da modernidade são Napoleão Bonaparte, Samuel Beckett, Marshall McLuhan, Jean Paul Sartre e Simone de Beauvoir, e o papel de "narradores-biógrafos" competiu a professores da própria universidade: José Miguel Sardica, Alexandra Lopes, Fernando Ilharco e Manuel Cândido Pimentel.

O segundo livro, integrado nas comemorações do cinquentenário da Fundação Calouste Gulbenkian, tem o título o estado do mundo, integrado no Fórum Cultural, e conta com diversas participações: Carlos Pacheco, Colin Richards, Ghassan Zaqtan, João Barrento, John Frow, Moira Simpson, Paul Gilroy, Peter Sloterdijk, Rosângela Rennó, Santiago Kovadloff, Surendra Munshi e Wang Hui.

Ainda não acabei de ler o livro o estado do mundo (agradeço a António Pinto Ribeiro, programador geral do evento, a amabilidade da oferta de um exemplar), mas marcou-me a proposta de Moira Simpson sobre museus. A maior parte deles começou por ser resultado da prática de recolha de objectos na época colonial, como se se pudesse coleccionar o mundo. Após o embate e contraste de culturas dos colectores perante os colectados, o século XX, com as descolonizações dolorosas, trouxe perspectivas diferentes aos museus, repensando-se o seu uso. Da universalidade passou-se à revitalização e ao repatriamento da propriedade cultural, originando reinterpretações e trocas biunívocas entre culturas, no sentido da relativização do valor e da estética de uns perante os outros.

Sem comentários: