segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

OS PEQUENOS CENTROS COMERCIAIS


O tema de hoje do Diário de Notícias aborda a sobrevivência dos pequenos centros comerciais (três páginas escritas por Kátia Catulo e Joana de Belém).

Em 1971, nascia o Apolo 70, aqui ao Campo Pequeno. Teve, nos seus dias de glória, salão de blowling e cinema - então, o único centro comercial com cinema. O Cine 222, que nasceria em 1979 na avenida Praia da Vitória, está agora esmagado pelos centros comerciais em volta da Praça do Saldanha. No Porto, o Stop tem visto as suas lojas encerrarem, mas surgiu um novo tipo de ocupação: espaços alugados para ensaio de bandas musicais.


As pequenas superfícies, lê-se numa das peças, perderam a importância de centros comerciais. Por um lado, em 1984, legislou-se no sentido de designar centro comercial o espaço que tivesse um mínimo de 500 metros quadrados e mais do que 12 lojas. Depois, nasciam os grandes centros comerciais, com o Amoreiras em primeiro lugar (1985, quase em simultâneo com a adesão de Portugal à então CEE - 1986 -, mais a abertura dos primeiros hipermercados e o arranque das novas auto-estradas, símbolos do moderno consumismo nacional).

Como na vida das pessoas e das sociedades, alguns centros comerciais de primeira geração estão a lutar pela sobrevivência, enquanto outros se adaptaram aos novos desafios. No primeiro caso, estão o Stop no Porto e o Cine 222 em Lisboa. No segundo caso, o jornal destaca o Fonte Nova que, apesar da proximidade do Colombo, inaugurado em 1997, soube reagir e aproveitar-se dessa situação de vizinhança, com clientes que preferem maior rapidez e atendimento personalizado e não se preocupam tanto com as lojas de marca internacional.

Imaviz (Lisboa) e Brasília (Porto) são centros que estão a tentar reagir à crise actual. Eu, que conheço bem os dois, pois cheguei a trabalhar perto de um e de outro e os frequentava com assiduidade, reconheço o estado de degradação, mais o segundo que o primeiro, dada a dimensão daquele (250 lojas, à época o maior da Península Ibérica).

Ainda numa das peças, revive-se a história do Imaviz, cujo lago de espelhos chegou a atrair pessoas de todo o país que se queriam deixar fotografar junto dele. Agora, um novo logótipo substituirá o lettering antigo, e mais luminosidade e montras criativas serão objectivos a atingir. No Brasília, um investimento de € 12,5 milhões servirá para modernizar a fachada e reconverter o espaço do antigo cinema em zona de restauração. Lojas especializadas em modelismo, banda desenhada, artes marciais e jogos de computador constituem metas para atrair uma clientela de nichos de mercado.

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