quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

CINEMA

No recente número de Outubro/Dezembro de 2006 da revista Cinema, publicação da Federação Portuguesa de Cineclubes, escrevia o seu director, João Paulo Macedo: "No que diz respeito ao Cinema Português, mudou-se a legislação e espera-se para breve a publicação dos Regulamentos que irão permitir a sua execução. Talvez um excelente momento para prevenir algumas práticas que, ao longo dos anos, se foram instituindo sem que daí resultasse qualquer melhoria significativa do panorama cinematográfico nacional. No que concerne aos Cineclubes (entenda-se como o conjunto dos Cineclubes reunidos numa Federação), o desenvolvimento de projectos e actividades multilaterais espera por melhores dias. Obviamente que a sede de alguns desses projectos deverá ser a Federação, cuja Direcção se tem mantido fiel ao propósito de cooperar e aberta ao lançamento de desafios".

Retiro também a seguinte referência de um dos textos assinados por Daniel Ribas, Diversidade e contradição (a esquizofrenia dos realizadores brasileiros em produções internacionais): "Uma nova vaga de cineastas brasileiros tem emergido nos últimos tempos no contexto internacional. Autores de filmes que misturam o lado artístico com o lado comercial, estes realizadores fizeram uma transição entre o cinema nacional e projectos internacionais (liderados por produções americanas ou inglesas). Estes projectos têm em comum uma forte imagem publicitária, quer na fotografia (o que nos dá a ver imagens muito trabalhadas visualmente), quer na montagem (em sequências de transição que pouco têm a ver com a narrativa e que fazem lembrar sequências televisivas). Os dois autores mais significativos desta vaga são Walter Salles (autor de Central do Brasil e Abril Despedaçado – no Brasil – e Diário de Che Guevara e Águas Passadas) e Fernando Meirelles (autor de Cidade de Deus e O Fiel Jardineiro)".

A revista pode ser totalmente descarregada aqui.

Sem comentários: