- Caro Rogério Santos,
Permita-me contestar esta sua afirmação:
"(...) ao publicar as trocas de email com a jornalista acusada de plágio, acho que deu passos além do razoável (coluna de anteontem)."
FACTOS
1- A troca de e-mails foi divulgada, inicialmente, pela jornalista (11/01/2007) e não pelo Provedor do Leitor do PÚBLICO.
Clara Barata transmitiu essa correspondência à Direcção do PÚBLICO, Conselho de Redacção e Provedor.
"2- A Direcção do jornal divulgou - pouco depois - esse mesmo documento da jornalista no site do jornal - http://blogs.publico.pt/provedor/ <http://blogs.publico.pt/provedor/> - antes de o provedor publicar a sua crónica."
3- O provedor só publicou a sua crónica no dia 14...
Acho que lhe devia esta explicação.
Melhores cumprimentos,
Rui Araújo
Provedor do Leitor do PÚBLICO
Lê-se ainda: "Neste caso particular, a Direcção considera que a jornalista Clara Barata errou ainda ao utilizar como fonte a Wikipedia. Esta enciclopédia online, apesar da qualidade de muitas das suas entradas, não pode ser usada como fonte devido a dois factores:
- é possível a qualquer pessoa alterar o seu conteúdo e há, por essa razão, o risco de colher uma citação após uma alteração incompetente, um acto de vandalismo ou uma brincadeira de um dos seus autores.
- os autores da Wikipedia são anónimos, não sendo por isso possível avaliar a sua idoneidade, independência ou competência.
A Wikipedia pode ser usada como ferramenta de pesquisa de informação pelos jornalistas (como directório ou apontador), mas apenas porque cita outras fontes, muitas delas idóneas, que podem ser consultadas directamente".
Sobre o provedor, "A Direcção não se pronuncia por princípio sobre a actuação do Provedor em exercício. A Direcção sempre considerou e continua a considerar que esta posição é a única que permite um livre exercício da magistratura do Provedor e considera essa liberdade de acção essencial à independência de que se deve revestir o seu trabalho".
Sobre a jornalista: "A Direcção discutiu o levantamento de um processo disciplinar à jornalista Clara Barata e decidiu não o fazer".
Como procedimento futuro, "Nos próximos dias serão dados a conhecer e submetidos a discussão da Redacção, e dos seus representantes no Conselho de Redacção, princípios e procedimentos mais claros nestes domínios. Esses princípios e procedimentos, uma vez adoptados, passarão a ser considerados parte integrante do Livro de Estilo do PÚBLICO".
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