domingo, 7 de janeiro de 2007

JOSÉ EDUARDO MONIZ


A entrevista que ele concedeu ao Sol de ontem (revista "Tabu") merece ser lida e reflectida. Entre outras coisas, porque fala de pressão na saída de Marcelo Rebelo de Sousa da TVI e de Manuela Moura Guedes, a sua mulher, de apresentadora do Jornal Nacional (20:00): diz que o objectivo a abater era ele mesmo. Depois, porque a pressão do poder político e económico é forte: "há mecanismos que [permitem] fazer com que os profissionais da informação tenham permanentemente presente na sua cabeça que há uma espada sobre o pescoço. [...] E tem sido planeado com uma estranha inteligência e eficácia". Pior que a censura existente no Estado Novo, conclui.

Nascido em 1952, nos Açores, José Eduardo Moniz ingressou no Diário Popular, jornal que então vendia 120 mil exemplares por dia, em 1972, entrou para a RTP cinco anos depois, onde fez de tudo, de jornalista a apresentador e director de informação e programas. Sairia da RTP em 1994, criando uma produtora (MMM) que fazia programas para a mesma RTP. Em 1998, entra para a TVI, pela mão de Belmiro de Azevedo, da Sonae. A TVI ascenderia ao segundo lugar em termos de audiências, algum tempo depois, alcançando o primeiro lugar no prime time em 2001 e a liderança em 2005, que manteve o ano transacto.

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