Na passada quarta-feira (17 de Janeiro), o Diário de Notícias publicou um caderno a que chamou "Especial Cidades". Retiro informações de duas dessas páginas, dedicadas a "Depois do trabalho. Lazer a sul com um pé em Lisboa", assinadas por Marina Almeida.
Primeiro, são duas páginas de bom gosto estético, com belas fotografias de Nuno Fox e Diana Quintela. Depois, os textos, curtos, identificam perspectivas diferentes (espaços culturais, grandes superfícies de consumo, projecto específico cultural) a seguir a um texto de enquadramento (sociológico e político). Terceira ideia: apesar de haver já uma oferta nos concelhos na margem sul do Tejo face a Lisboa, a população mais exigente ainda precisam de vir à capital para consumir cultura (teatro, cinema, exposições).
Quarto, e mais importante, é o nomear dos principais espaços de cultura, lazer e consumo, dentro de uma perspectiva impressionista que é a do jornalismo, orientado para informação das grandes massas. Assim, Marina Almeida realça as seguintes actividades: Ilustrarte (Barreiro), Festival Internacional de Teatro de Almada (já na 24ª edição), Festival Internacional de Percussão, Música e Dança Portugal a Rufar, Seixal Jazz (bianual) [ou será bienal?], Festival de Música Antiga dos Capuchos e Festival de Cinema de Tróia (Festróia).
No espaço dedicado à Ilustrarte (Bienal Internacional de Ilustração para a Infância), fica-se a saber que começou em 2003, da mão de dois químicos (Eduardo Filipe e Ju Godinho) e com apoio da Câmara Municipal do Barreiro, contando, actualmente, com a presença dos melhores ilustradores a nível mundial, criando "uma pequena legião de seguidores". A jornalista refere a existência de 80 associações de cultura, recreio e desporto, só no Seixal, algumas delas centenárias como a Sociedade Filarmónica União Seixalense.
Como quinto ponto do "Especial Cidades" quanto a cultura, destaque para a existência das grandes superfícies (hipermercados e centros comerciais), com atenção focada no Almada Fórum, de mais de 74 mil metros quadrados, 280 lojas e 700 mil potenciais clientes e consumidores. Aqui, a FNAC e o Continente são as lojas de maior volume de vendas. Mas há ainda espaço para o recente Rio Sul Shopping e o Freeport de Alcochete, o que significa uma mudança radical nos hábitos de consumo e permanência das populações situadas do outro lado do rio.
Sem comentários:
Enviar um comentário