De doença e aos 77 anos, morreu Jean Baudrillard. Recordo aqui duas parcelas do que sobre ele escrevi, em 18 de Novembro e 21 de Novembro de 2004:
Numa linguagem repleta de aforismos, Baudrillard fala em semiurgia – produção de signos, sociedade de simulações liderada pela hiper-realidade, domínio e fascínio de imagens, espectáculos e simulações. Pela semiurgia, eliminam-se críticas e esgotam-se os significados. A implosão não irradia mas absorve e anuncia a catástrofe do colapso dos novos meios para com a forma de massa. Ou, na linguagem revista por Genosko (1999: 88), os signos monetários são frios para Baudrillard: sem afectos, comutáveis, ligados a redes do sistema estrutural, e desligados dos referentes reais parassistémicos.
Na base das análises de Baudrillard, existe um esforço para desmistificar a ideologia do consumo enquanto comportamento utilitarista de um sujeito individual que tem por objectivo o gozo e a satisfação dos seus desejos. Não se consome o objecto por si próprio mas em virtude do prestígio, do estatuto, da categoria social das diferenças e dos valores estatutários. Visa-se, pois, o standing, a categoria, a conformidade, a diferença social.
Entre muitos outros, Baudrillard escreveu textos como A sociedade de consumo (1981, Edições 70), De la seduction (1979, Denoël) e Simulacros e simulação (1991, Relógio d’Água).
(ver também o post de Felisbela Lopes, no blogue Jornalismo & Comunicação)
3 comentários:
Oi, tudo bem?
Meu nome é Anderson tenho 24 anos e sou estudante de jornalismo aqui no Brasil, muito bom seu blogue, vou sempre visitá-lo.
Obrigado.
Numa época em que os grandes pensadores se contam pelos dedos, a partida de Jean Baudrillard deixou o universo mais pobre.
Paula e Rui Lima
Excelente os BLOGS. Preciso contactar com o Prof. Rogério Santos Urgente. Meu e-mail é profjorgeluiz@gmail.com. Por favor entre em contato. Obrigado
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