Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
segunda-feira, 2 de julho de 2007
MCLUHAN VISTO POR FILIPA SUBTIL
No livro Compreender os media. As extensões de Marshall McLuhan, Filipa Subtil argumenta que a perspectiva de McLuhan rompe com a visão instrumental das técnicas de comunicação e afirma a sua importância como meios com capacidade para alterar o ambiente da acção e as formas psicológicas e sensoriais da percepção.
Docente na Escola Superior de Comunicação Social (Lisboa), Filipa Subtil escreve também sobre Harold Innis, precursor da escola de Toronto, a quem McLuhan, aliás, reconhece influência, quando aquele defendia a importância dos modos e técnicas da comunicação enquanto elementos dinamizadores de processos sociais com repercussões históricas.
Famoso na sua época, depois esquecido e recuperado mais recentemente como profeta da comunicação virtual, McLuhan destaca as tecnologias enquanto externalidades – ou extensões – o automóvel como prolongamento do andar humano, o computador como ampliação do cérebro, isto é, extensões que dotam o homem com mais valor. De pensamento alicerçado em aforismos, como a mensagem é o meio, McLuhan escreveu ainda uma história da humanidade a partir das mudanças tecnológicas, com os sentidos a serem exercitados através dos meios, como a oralidade, a escrita e os meios electrónicos, como a rádio e a televisão.
Leitura: Filipa Subtil (2006). Compreender os media. As extensões de Marshall McLuhan. Coimbra: MinervaCoimbra, 180 páginas
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário