Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
domingo, 30 de dezembro de 2007
BALANÇO DE 2007? PROSPECTIVA PARA 2008?
2007 foi o ano da morte de Michelangelo Antonioni, Ingmar Bergman, Norman Mailer, Karlheinz Stockhausen, Jean Baudrillard e Luciano Pavarotti.
Mas, se estes autores ou artistas desapareceram fisicamente, outros fracassaram em 2007: Bryan Appleyard, no Sunday Times de hoje, fala de Don DeLillo (Falling Man), Francis Ford Coppola (Youth Without Youth) e Quentin Tarantino (Death Proof).
O articulista fala de grandeza da arte e dos seus autores ou intérpretes e procura saber o que quer dizer grandeza. Para ele, há um clima de excesso e, igualmente, de incerteza e de disputa tribal. Além de tecnologia, extravagância, publicidade e promoção na arte e na cultura. Sem o identificar explicitamente, apresenta herdeiros em termos de grandeza: Pierre Manent, na filosofia (The city of man, com recorte agustiniano da Cidade de Deus); Pedro Almodovar e Wong Kar Wai no cinema, este último a lembrar Tarkovsky, Ford ou Kurosawa.
De outras indústrias culturais, Appleyard traça um quadro negro. A música, escreve, está em crise. Por um lado, os descarregamentos (downloads) acabam com os lucros na venda de CD. Por outro lado, os artistas de música clássica estão sob a mesma pressão que os da música pop para editarem de modo rápido como estes. As artes visuais estão a ser vítimas de excessiva publicitação, que elimina o isolamento e o tempo próprio de criação que não segue horários ou calendários.
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