quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

INDICADORES DA RÁDIO SEGUNDO A MARKTEST


Conforme os dados agora divulgados pela Marktest relativos ao ano de 2007, "a audiência acumulada de véspera de rádio foi de 54,6%, percentagem de residentes no Continente com 15 e mais anos que contactaram com o meio na véspera". Com dados estatísticos observados desde 2003, a mesma empresa indica que o indicador atingira o ponto mais baixo no penúltimo trimestre de 2007: 53,4%, de acordo com o quadro seguinte.


Quanto à liderança das audiências de rádio é da RFM, seguida da Rádio Renascença e da Rádio Comercial, como se observa no quadro seguinte, com valores desde 2003, e que tem sido constante nestes anos.


No meu entender, a regularidade em termos de rádios mais escutadas ilustra o conservadorismo dos consumidores dos media, os quais não dão oportunidade a novas ofertas. Ou, então, não há inovação na oferta, o que se repercute no imobilismo do consumo. E, embora de modo muito lento, nota-se alguma erosão relativamente a este indicador, o que pode prenunciar uma migração dos ouvintes para outros media, admitindo que consomem as mesmas horas em termos de media (a minha explicação vem a seguir).

Ainda de acordo com os mesmos dados da Marktest, "Os quadros médios e superiores e os jovens dos 25 aos 34 anos são os targets com maior afinidade com o meio, ao registar audiências superiores, respectivamente 71,9% e 70,9%. Os homens, os residentes no Grande Porto e no Litoral Norte, bem como os indivíduos da classe social alta registam audiências superiores à média do universo, enquanto a menor afinidade com o meio se encontra junto dos idosos, das domésticas e dos indivíduos da classe social baixa".

Na minha leitura, idosos, domésticas e indivíduos de classes sociais mais baixas transferiram-se para a televisão, com programas mais vistosos nos canais populares e orientados exactamente para eles. Possivelmente, a perda de ouvintes da rádio reside nestas classes sociais e etárias.

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