Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
CINEMA EM ESTUDO DO OBERCOM
Cinema em Ecrãs Privados, Múltiplos e Personalizados. Transformação nos consumos cinematográficos, de Rita Cheta, é o estudo mais recente do OberCom.
Lê-se no seu começo: "Na estrutura de apresentação do presente estudo, procurou-se responder a um conjunto diversificado de objectivos organizados analiticamente do seguinte modo: 1) Identificar as características mais significativas em termos do consumo cinematográfico na sociedade portuguesa, salientando a penetração das várias gerações de media e equipamentos tecnológicos e o seu papel nas transformações nos modos de consumo; 2) Captar o sentido das potenciais transformações nos modos de consumo dos conteúdos cinematográficos no seio da população portuguesa; 3) Caracterizar os principais perfis de consumo e do consumidor de conteúdos cinematográficos; 4) Identificar exploratoriamente alguns factores condicionadores de um crescimento rápido e generalizado desses consumos, designadamente os consumos cinematográficos/audiovisuais em banda larga".
Inquérito extensivo por questionário, através de uma entrevista directa, o "estudo permitiu a identificação de 4 Perfis de Consumo e de Consumidor de Conteúdos Cinematográficos, que remetem para diferenciados perfis sóciotecnológicos presentes na sociedade portuguesa actual" (p. 39).
Assim, o estudo traça os perfis de: 1) não consumidores (cine-excluídos), perfil residual e em desaparecimento, 2) 1ª geração tecnológica (cine-convencionais), em erosão, caracterizados pelo convencionalismo nos seus modos de consumo cinematográficos, de tipo massificado e em mono-plataforma (TV), 3) 2ª geração tecnológica (cine-integrados), perfil maioritário e caracterizado "pela forte penetração do consumo de DVD na esfera doméstica e da regularidade intensiva do seu uso", com domiciliação dos consumos combinada com idas às salas de cinema, e 4) 3ª geração tecnológica (cine-inovadores), perfil minoritário mas em crescimento e afirmação, caracterizado pela "multiplicidade, personalização, interactividade e inovação nos seus modos de consumo de conteúdos cinematográficos", através da "mobilidade dos equipamentos tecnológicos para visualizar conteúdos de cinema e multimedia".
Pela extensão e riqueza do texto, aconselho a sua leitura no sítio do OberCom.
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