O jornal Público volta hoje a destacar as indústrias criativas, desta feita atendendo aos espaços rurais.
Retiro dois excertos do trabalho assinado por Catarina Selada e Inês Vilhena da Cunha:
- A fixação de criativos pode ser um factor indutor do desenvolvimento das áreas rurais, zonas de baixa densidade ou pequenos centros urbanos. Para tal, as áreas rurais deverão reunir activos endógenos locais (atractivos naturais e histórico-culturais), vantagens construídas (atractivos artísticos e culturais) e boa acessibilidade (proximidade de um centro urbano).
[...] Os activos específicos do território são complementados por atractivos construídos que interessam à classe criativa. Por um lado, infra-estruturas de conhecimento, instalações de apoio à actividade cultural e artística, museus, galerias de arte, centros de design, hotéis, estúdios para artistas ou incubadoras de artes. Por outro, eventos temporários como exposições, festivais e workshops associados às indústrias criativas. Estas vantagens derivam, muitas vezes, de estratégias específicas de desenvolvimento local centradas na atracção e fixação de criativos e na projecção de uma imagem do território associada à cultura e às artes.
A meu ver, é preciso igualmente - ou com mais força - vontade política quer do Governo central quer do Governo local ou municipal quer dos intervenientes directos. E educação, metas e objectivos parcelares a cumprir, e interacção - pessoas e instituições a cooperarem e não a disputarem um destaque ou pequena atenção, envolvendo-se em disputas e questiúnculas regionais. Um decreto ou uma lei, se mal aplicados, não têm qualquer resultado. O mesmo pode acontecer com estas ideias.
1 comentário:
Os criativos não vivem do ar e de preferência também não é recomendado que vivam de subsídios, pelo que sem forma de terem asseguradas algumas condições que permitam uma rentabilidade económica, não vejo grande futuro na "ideia".
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