Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
domingo, 16 de março de 2008
UM ANÚNCIO
A frase que acompanha a designação da marca é muito poética: "Um chá raro, lapidado por quem sabe".
Para além do pacote do chá, a saqueta que contém as ervas que constituem o chá lembra pirâmides, as do Egipto ou a da nova entrada no museu parisiense do Louvre. A pirâmide conota uma obra do homem, a aproximação da arte à natureza - como quem lapida um diamante.
Há uma referência directa ao produto, não aparece nenhum rosto humano jovem, feminino ou masculino, como nos outros mupies se descobrem, o que é um sinal de singularidade. O fundo da imagem é escuro, conotando intimidade, tempo de ter muito tempo. As ervas, do modo como se colocam, parecem residir no fundo do mar, uma jazida de algas - tranquilidade e agrado de estar onde se está.