sábado, 5 de abril de 2008

A FNAC EM "OS MEUS LIVROS"


O tema de capa da revista Os Meus Livros de Abril é a literatura africana. A publicação traz igualmente um boa entrevista com Alice Vieira, quatro páginas dedicadas às fotobiografias e duas páginas aos livros sobre o desaparecimento da menina inglesa Madeleine McCann.

Mas o que fixei foi a entrevista dada por Enrique Martinez, director-geral da FNAC Espanha e responsável pela região da península ibérica (inclui, pois, Portugal). Ficamos a saber que as lojas que mais livros vendem são as situadas no centro das cidades (Chiado em Lisboa e Santa Catarina no Porto). 25% do total da facturação respeita a livros (média: 60% de produtos técnicos, 40% de produtos editoriais, que inclui discos e livros, logo 15% são discos). Martinez define as suas livrarias como tendo uma ampla gama de oferta, mais de 150 mil referências, em que os vendedores são independentes nas escolhas (ofertas, promoções e destaques), têm um nível de educação médio ou alto e são jovens.

A FNAC trabalha com mais de 500 editoras, sendo 350 consideradas pequenas. A rotação de títulos elevada é defendida porque a quota de ecrã de televisão ou o metro quadrado da livraria a isso leva. A alternativa a essa rotação parece ser a internet, que tem crescido bastante mas não ultrapassa ainda o 1,5% da facturação. O cartão FNAC é um elemento de fidelização de clientes, havendo hoje mais de 240 mil aderentes, que representam 40% das vendas. Com 12 lojas vão abrir mais três este ano, esperando ter 20 lojas em 2011. Cada loja custa cerca de 3,5 milhões de euros. Em 2007, a FNAC começou o projecto de responsabilidade social "Infotecas FNAC/AMI" em V. N. de Gaia.

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