Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
terça-feira, 29 de abril de 2008
OS CD JÁ MORRERAM?
Já referi aqui anteriormente o blogue de Andrew Dubber (New Music Strategies). Volto a fazê-lo hoje a propósito do post Os CD já morreram?
A dúvida dele é se estão mesmo mortos ou estão a lutar pela sobrevivência. É certo que as vendas de CD comerciais de música popular (urbana) nas lojas das principais avenidas das cidades estão em declínio acentuado. Mas há diferentes tipos de CD – uma hierarquia.
No topo, Dubber coloca as edições para coleccionadores, com caixas bem empacotadas e informação muito precisa arrumada em livrinhos (booklets, no original). Estas edições podem ser para o próprio comprador ou para oferecer à namorada(o) ou a um(a) amigo(a). Estas colecções estão a seguir a rota dos connoisseurs (no original da mensagem) dos discos de vinil. Os retalhistas sabem disto! E Andrew Dubber chama a atenção para uma compilação excelente da música funk dos anos 1970, de Benim e do Togo.
É verdade que o mp3 quer pôr em causa os antecessores (vinil e CD), mas a existência de um grande catálogo desses antecessores pode revelar-se um trunfo inestimável. Talvez nos próximos 25 anos ainda se esteja a discutir sobre o desaparecimento ou não desses velhos materiais.
Dubber, num optimismo que lhe fica bem, acrescenta que o CD não está apenas a sobreviver mas experimenta o que parece ser um crescimento exponencial. Primeiro, porque se pode comprar CD sem informação ainda inscrita. Depois, porque se tornou fácil gravar um CD – e qualquer artista pode gravar sem passar por um estúdio sofisticado. E, em terceiro lugar, sítios como a Amazon ou o mercado em segunda mão do eBay mostram como funciona o mercado de CD.
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