Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
sábado, 28 de junho de 2008
SERÁ QUE O LIXO DOS TABLÓIDES PERTENCE AO PASSADO?
Imagine que as novas celebridades dos tablóides não eram estrelas de Hollywood como Britney Spears ou Paris Hilton mas sim políticos como Barack Obama e a sua mulher Michelle. Isto é, os tablóides a cobrirem a esfera pública e política, o que traria uma forte atenuação da linha entre política e fofoca.
Os especialistas falam de fatiga e cansaço de ler sempre sobre as mesmas personalidades, pois há um número muito pequeno de celebridades que interessam às pessoas (a socialite Hilton não diz nada a ninguém, a não ser pelo riso provocado pelas suas extravagâncias a roçar a imbecilidade).
A ideia dos tablóides tratarem de outros assuntos surgiu do interesse genuíno da cobertura das eleições presidenciais nos Estados Unidos, escrevia ontem Alisa Zykova no Editors Weblog. Foi o caso da entrevista de Barack Obama no sítio do US Weekly em Março, que teve 253 % mais visitantes do que uma notícia em média. Elizabeth Bird, antropóloga da University of South Florida, especializada em cultura popular e media e que eu já referi aqui algumas vezes, diz que é natural que as pessoas olhem os candidatos políticos como celebridades durante as eleições e que o público em geral esteja cansado das histórias das Paris Hilton deste mundo.
Conclui Alisa Zykova, que eu sigo de perto, que se trata, contudo, de uma perspectiva optimista, considerando o contínuo sucesso do conteúdo típico dos tablóides.
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