Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
domingo, 6 de julho de 2008
TÃO PERTO / TÃO LONGE
O projecto de António Pinto Ribeiro, ontem apresentado em primeira sessão, consistiu no convite para realizadores fazerem curtas-metragens onde realçassem a memória das coisas, agora que vivemos imersos na globalização, onde a homogeneidade acaba com a diferença.
Ontem, foram mostrados os primeiros sete filmes, esperando-se para finais de Outubro a mostra total de vinte filmes encomendados. Se o gosto pessoal elege uns em detrimento de outros, posso afirmar que todos eles transportam belíssimas imagens e histórias espantosas da riqueza da criação humana.
Os sete cineastas apresentados são Roxana Pope (A burka vermelha, Irão), Tiago Hespanha (O presente que veio de longe, Portugal), Dan Oki (La cravate à la Croate, Croácia), André Godinho (Namban Japan, Portugal), Margarida Cardoso (O código da vida de A. Montrond, Portugal), Vincent Maloi (Herero dresses, África do Sul) e Svetlana e Zoran Popović (The brass souls of our ancestrors, Sérvia).
Traço a sinopse de dois desses filmes de curta duração, o primeiro de Tiago Hespanha, que conta a história do cavaquinho, instrumento musical que viajou da madeira até às ilhas do Havai, rebaptizado de ukulele e tornado instrumento fundamental da música daquelas paragens. O segundo é o de Margarida Cardoso, que narra a ida de um conde francês Armand de Montrond para a ilha do Fogo, em Cabo Verde, onde deixou uma vasta descendência identificável por ser de pele negra mas cabelos e olhos claros.
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