Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
ELEMENTOS PARA A HISTÓRIA DA TELEVISÃO EM FRANÇA
Depois do final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, inaugurar-se-ia, em França, o período de ouro da rádio. Nunca houve tantos programas de qualidade, como o atestam os arquivos sonoros. Enumeram-se as principais rádios: Luxembourg, RDF, Monte Carlo, Andorre.
A televisão retoma, por seu turno, a actividade. 20 de Junho de 1945 é o dia de recomeço dos ensaios técnicos. Em 1 de Outubro desse ano, uma emissão experimental chegou a centenas de televisores na região de Paris. Mas seria apenas em 1947 que se retomava a programação regular, com doze horas por semana. E, no ano seguinte, tomava-se uma decisão técnica importante, o standard de 819 linhas por ecrã, com a assinatura de François Mitterrand, secretário de Estado e, logo depois, Ministro da Informação (e muito mais tarde Presidente da República). Era o dia 20 de Novembro de 1948. O standard foi apresentado como destinado a proteger a indústria francesa (noutros países, como Portugal, o standard seria de 625 linhas).
No ano seguinte, a torre Eiffel contaria com um novo emissor de televisão já emitindo com o standard de 819 linhas. E o padre Raymond Pichard, dominicano, principiava a sua emissão dominical chamada O Dia do Senhor, com missa, documentários e crónicas de inspiração religiosa. Manteria o programa até 1976.
Esses anos do pós-guerra seriam igualmente contemporâneos de outros factos: surgimento do transístor nos laboratórios americanos da Bell (1947), começo do disco de vinil em microsulco (1948).
Leitura: Robert Prot (2007). Précis d'histoire de la radio & de la télévision. Paris: L'Harmattan
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Nao acredito que os seus interesses andem tao afastados da actualidade, que deixe de lado acontecimentos importantes que estao - tao perto - a decorrer. Nao faça de zangado, nem de - distante. Aproxime-se dos seus leitores por esta caixinha. Aproxime-nos.
Nao esteja tao triste...
Enviar um comentário